O PSOL Juiz de Fora abre espaço ao presidente do diretório estadual de Minas em carta enviada à Executiva nacional do PSOL:
" Companheiros, o presidente Nacional do PSOL, Sr. Afrânio Bopré, tem tomado decisões arbitrárias em relação ao PSOL-MG, sem qualquer discussão nas instâncias partidárias, o que vem prejudicando por demais os trabalhos do Partido em Minas Gerais.
Ele tem tomado como verdades absolutas as calúnias perpetradas contra mim pelo Sr. Carlos Campos, secretário do PSOL-MG e outros dirigentes nacionais do ENLACE, sem qualquer direito de defesa de minha parte e sem qualquer posicionamento do Diretório Estadual e dos demais membros da Executiva Nacional.
Fiz uma carta ao Sr. Presidente do PSOL, que não foi respondida, assim como não recebi do mesmo um único telefonema para tratar da questão ou pedir esclarecimentos, principalmente em relação à filiação de Jorge Periquito, questionado por puro oportunismo pré-congressual. Sobre este assunto, estou tranquilo, pois estou fundamentado em discussões programáticas e de concepção partidária. Fiz e assumo a filiação do mesmo. Não sou covarde.
Afrânio tomou como verdadeira a calúnia de que eu vendi o PSOL, pelo valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) o que foi espalhado, criminosamente, pelo Sr. Carlos Campos em plenárias do Partido e até mesmo para o Jornal de Caratinga, conforme já receberam. Tomarei medidas judiciais penais contra ele e seus cúmplices. Ressalte-se que o Sr. “Van Ghog”, que concedeu entrevista ao mesmo jornal, jamais foi desfiliado por mim, bastando consultar o sistema filiaweb para se comprovar que o próprio PEDIU DESFILIAÇÃO, sendo que temos notícias de que ele foi para o PSB.
Em Caratinga sequer foi marcada plenária congressual, o que demonstra o abandono do Partido. Ressalte-se também, que em relação às novas filiações, principalmente do Presidente da Comissão Provisória por mim legitimada, Marcinho da Igreja, são historicamente militantes de Comunidades Eclesiais de Base e com forte inserção popular.
Sobre esta questão e outras mais, que serão oportunamente esclarecidas, o Presidente Afrânio não se dignou a se dirigir a mim, agindo de uma forma desrespeitosa, parcial e autoritária.
Exemplo de arbitrariedade do Presidente Afrânio, é o sequestro de minha senha de Administrador do Sistema de filiações, em relação aos municípios de Belo Horizonte, Sabará, Ipatinga, Governador Valadares, Guanhães e Lagoa Santa, impedindo-me de prosseguir com as filiações. Esta situação precisa ser imediatamente revertida, para que não sejamos responsabilizados por quaisquer danos aos filiados. Questionamentos sobre filiações se houver, devem ser feitos nominalmente não só nos municípios de Minas Gerais, como em qualquer município do país, em respeito ao mínimo direito de defesa e à democracia partidária.
Por todo o exposto, exijo a suspensão imediata do sequestro de minha senha, com a consequente LIBERAÇÃO para a continuidade dos lançamentos das filiações solicitadas, AINDA HOJE, antes mesmo da reunião da Executiva Nacional, pois, do contrário, feita amanhã, seria medida sem qualquer efeito positivo.
Estou, como sempre estive, à disposição de todos para as discussões e esclarecimentos necessários. Não sou bandido, e o único crime pelo qual respondo, com sentença condenatória a 05 anos e 04 meses de reclusão, vem da luta contra o latifúndio e os poderosos de Minas Gerais. Ressalto quanto a este fato, que para a minha defesa atualmente junto aos Tribunais Superiores, tenho contado com o apoio de poucas pessoas, entre elas o Senador Randolfe e o Companheiro Toninho do PSOL-DF, que conhecem a minha história de luta. Não tive qualquer empenho dos que me caluniam (e dos que acreditam neles) com tanta ferocidade, visando a minha destruição mais do que o próprio latifúndio.
Aguardando solução,
Atenciosamente,
João Batista da Fonseca – Presidente do PSOL-MG"
14 de out. de 2011
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