26 de mar. de 2013

Executiva do PSOL lança nota em defesa do senador Randolfe Rodrigues

Documento explica que falsas denúncias são articuladas pelo senador Renan Calheiros, contra quem o PSOL luta desde 2007, encabeçando o movimento “Fora Renan”
A Executiva Nacional do PSOL, em conjunto com a bancada do partido no Congresso Nacional, divulga nesta quarta-feira (20) uma nota em defesa do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que tem sido vitima de falsas denúncias levadas a cabo por políticos do Amapá considerados “fichas-sujas”. A solidariedade do partido se dá logo após constantes investidas de setores conservadores do Estado, em jornais da grande imprensa, que acusam Randolfe de ter recebido mesada durante seis meses como deputado estadual do Amapá. De acordo com a nota, tais investidas são capitaneadas pelo atual presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (AL). “Na verdade, o artífice desta ofensiva é Renan Calheiros, cujas credenciais dispensam comentários e contra quem o PSOL lutou sem trégua, desde 2007, quando encabeçou a campanha ‘Fora Renan’”, ressalta o documento.
  Ao final, a Executiva do PSOL e a bancada do partido enfatizam que “o PSOL não irá se intimidar com mais esta tentativa de colocar nosso partido na vala comum dos ‘fichas-sujas’. Querem nos calar a todo custo, pois sabem que somos hoje o único partido no Congresso Nacional que defende de forma homogênea a ética, de maneira intransigente, e que não é conivente com desvios de conduta, mesmo que estes interesses poderosos nos ameacem com todo tipo de violência e arbitrariedade”.
  Confira abaixo a íntegra da nota, assinada pela Executiva Nacional do PSOL e pela Bancada do PSOL no Congresso Nacional.

Nota da Executiva Nacional e da bancada federal do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em apoio ao senador Randolfe Rodrigues

Prestamos nossa solidariedade ao companheiro senador Randolfe Rodrigues, vítima de um ataque calunioso de parte de quem não tem a mínima credibilidade: senador Renan Calheiros, presidente do Senado Federal.
  Renan encaminhou à Procuradoria Geral da República petição contra o senador Randolfe Rodrigues a partir de uma denúncia falsa divulgada por um notório “ficha-suja” do Estado do Amapá, condenado por improbidade administrativa e indiciado pela CPI do Narcotráfico. Trata-se do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, Fran Júnior, atual chefe de gabinete do deputado estadual do Amapá, Moisés Souza (PSC), também ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado, afastado em 2012 por denúncias de formação de quadrilha, fraude em licitação, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Foi também um dos denunciados pela Comissão Parlamentar de Inquérito do Narcotráfico, do Senado, acusado de envolvimento no crime organizado, tráfico de drogas e corrupção ativa.
  Fran Júnior, porém, é só a face pública do ataque da direita brasileira ao PSOL. Na verdade, o artífice desta ofensiva é Renan Calheiros, cujas credenciais dispensam comentários e contra quem o PSOL lutou sem trégua, desde 2007, quando encabeçou a campanha “Fora Renan”.
  Estes ataques contra o senador não são novidade, visto seus enfrentamentos contra o crime organizado no Amapá desde quando era deputado estadual, sempre atuando ao lado Ministério Público.
  Consoante com a posição do PSOL em favor de todas as investigações necessárias, o próprio Randolfe se antecipou e pediu a investigação total do “dossiê”. O Ministério Público do Amapá já enviou resposta à representação protocolada em agosto de 2012. O MP considerou as denúncias improcedentes e investigará o autor delas por falsidade ideológica. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal enviarão ao senador a microfilmagem de todos os cheques recebidos por ele no período de seu mandato de deputado estadual. Randolfe também protocolou uma Notícia Crime, em setembro de 2012, no Ministério Público Federal. Nela ele pede que o MPF investigue o autor do recibo falsificado que consta do dossiê e que seja realizada uma perícia nos documentos. Na Polícia Federal, Randolfe solicitou a abertura de inquérito e foi à PGR pedir para que o Procurador Geral da República investigue o dossiê e comprove a sua falsidade.
  O PSOL não irá se intimidar com mais esta tentativa de colocar nosso partido na vala comum dos “fichas-sujas”. Querem nos calar a todo custo, pois sabem que somos hoje o único partido no Congresso Nacional que defende de forma homogênea a ética, de maneira intransigente, e que não é conivente com desvios de conduta, mesmo que estes interesses poderosos nos ameacem com todo tipo de violência e arbitrariedade. De nossa parte, não há o que temer quando se está do lado da justiça por isso prestamos nossa solidariedade ao companheiro Randolfe Rodrigues, o qual tem se destacado na luta contra o crime organizado no Amapá e no Brasil.

Executiva Nacional do PSOL e Bancada no Congresso Nacional

Cúpula do PSC decide manter Feliciano na presidência de comissão

Após sofrer pressão do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a cúpula do PSC se rebelou e decidiu nesta terça-feira (26) manter o pastor Marco Feliciano (SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
"O deputado Feliciano já se desculpou por colocações mal feitas. Qualquer um pode deslizar nas palavras, pode errar. Informamos aos senhores e senhoras que o PSC não abre mão da indicação feita pelo partido", disse o vice-presidente da legenda, pastor Everaldo Pereira, ao ler pronunciamento oficial.
O PSC prometera na semana passada dar uma solução ao impasse no colegiado. Eleito no início do mês para o cargo, Feliciano ainda não conseguiu presidir as sessões do colegiado sem protestos. O prazo dado por Alves vencia hoje, mas, segundo a Folha apurou, o PSC não havia encontrado solução.
Após a manifestação do PSC, Alves convocou para a noite desta terça-feira uma reunião para "discutir democraticamente" a situação do partido à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
A cúpula do partido, reticente em retirá-lo da presidência, ainda não havia encontrado quem o substituísse. Resolveu mantê-lo sob o pretexto de enfrentar uma ala do PT e de demais partidos da esquerda que questionam sua permanência.
Segundo Everaldo, a sigla quer manter Feliciano na presidência da comissão como uma espécie de moeda de troca pelo apoio eleitoral ao PT nas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.
"Veio 2010 e o PSC apoiou a candidatura de Dilma Rousseff a presidente. Apoiamos pois ela representava a continuidade das políticas em favor dos pobres, iniciadas pelo presidente Lula. Mesmo diante das declarações de que ela não sabia se acreditava em Deus e que não era contra o aborto, o PSC apoiou a presidente Dilma, sem discriminá-la por pensar diferente de nós", disse.
Everaldo também citou o presidente da Casa, que, na semana passada, havia pedido uma solução "respeitosa" para a crise. "Quero pedir, respeitosamente, que as lideranças dos partidos desta Casa respeitem a indicação do PSC e peçam a seus militantes que protestem de maneira respeitosa."
Mais cedo, ao ser questionado pelo líder do PSOL, Ivan Valente (SP), o líder do PSC, André Moura (PSC-SE), disse que não tomaria qualquer decisão sobre o futuro de Feliciano sob pressão.
"Disse a ele [Alves] não queira fazer disso um cavalo de batalha. Na base da pressão podemos não resolver isso hoje", afirmou Moura.
Questionado se estava realmente disposto a enfrentar mais um embate dentro da Câmara, Feliciano não respondeu. Compareceu à reunião do partido e saiu sem falar.
ULTIMATO
Na semana passada, Alves deu um ultimato ao partido para que convencesse Feliciano a renunciar ao comando da comissão.
"Do jeito que está, a situação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias se tornou insustentável, disse Alves na última quinta-feira (21).
Apesar de ter manifestado a colegas insatisfação com a permanência do pastor, o presidente da Câmara tem afirmado que não há margem regimental, como uma intervenção direta, para tirá-lo da presidência. Por isso, apelou à cúpula do partido.
Em entrevista ao programa 'Pânico', da Band, gravada na semana passada, mas levada ao ar apenas no domingo, Feliciano disse que só deixaria o cargo morto.
"Estou aqui por um propósito, fui eleito por um colegiado. É um acordo partidário, acordo partidário não se quebra. Só se eu morrer", disse o pastor.
Desde que assumiu o posto, no começo do mês, Marco Feliciano tem sido pressionado para deixar o cargo.
PRESSÃO
A pressão pela sua saída cresceu após a divulgação de um vídeo, na segunda-feira (18), com críticas aos seus opositores.
O material, publicado pela produtora de um assessor do deputado, e divulgado por Feliciano no Twitter, chama de "rituais macabros" os atos contra sua indicação e questiona a conduta de seus opositores.
As duas únicas sessões da Comissão de Direitos Humanos realizadas sob o comando de Feliciano foram marcadas por manifestações contra sua permanência.
O pastor é acusado de ter opiniões consideradas homofóbicas e racistas. Feliciano nega as acusações e diz que apenas defende posições comuns aos evangélicos, como ser contra a união civil homossexual.

FONTE: FOLHA.COM

24 de mar. de 2013

Lula levou diretor da Odebrecht em viagem oficial à África


Na única viagem internacional em que o ex-presidente Lula foi designado representante oficial do governo Dilma Rousseff, o petista pôs entre os membros da delegação um diretor da Odebrecht.
Como a Folha revelou anteontem, a relação de Lula com empreiteiras é próxima: elas pagaram quase a metade de suas viagens internacionais como ex-presidente.
O pedido, ocorrido em 2011, para a inclusão do diretor da construtora na delegação que iria a Guiné Equatorial causou estranhamento no Itamaraty, que cobrou informações sobre o caso à assessoria do ex-presidente.
Na Guiné Equatorial há quatro empresas brasileiras com grande atuação: ARG, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS. A Odebrecht entrou no país após a visita de Lula, sendo favorita para obras na parte continental, onde está sendo construída uma capital administrativa.
Lula foi a Guiné Equatorial em 2011 participar da Assembleia da União Africana como chefe da delegação brasileira. Reuniu-se com o ditador Obiang Nguema Mbasogo.
Em telegrama de 27 de junho de 2011, a embaixada brasileira em Malabo informou ter solicitado informações à assessoria de Lula sobre Alexandrino Alencar, que integraria a comitiva.
Alencar é diretor da Odebrecht e não estava na lista oficial enviada ao Itamaraty. Seu nome apareceu "em mensagem recente enviada a esta embaixada por aquela assessoria [de Lula]", informou Francisco Chaves do Nascimento Filho, encarregado de negócios da embaixada.
Hoje Alencar é o responsável pelo Desenvolvimento de Negócios da Odebrecht. A relação dele com Lula é antiga.
No livro "Mais Louco do Bando", Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, relata uma viagem em 2009 que Alexandrino fez a Brasília com Emílio Odebrecht, presidente do conselho de administração da empresa.
Na época, Lula pediu ajuda à Odebrecht para o Corinthians construir seu estádio. Hoje a empresa é responsável pela obra.
DILMA
Por meio de sua assessoria, Dilma afirmou que não é possível deduzir que Lula teria atuado em suas viagens a favor das empreiteiras.
"Eu me recuso a entrar nesse tipo de ilação sobre o presidente Lula. O presidente Lula tem o respeito de todos os Chefes de Estado da África e deu grande contribuição ao País nessa área."
A fala da presidente foi publicada ontem pelo "Estado de S. Paulo" e confirmada pela assessoria do Planalto.
OUTRO LADO
A assessoria de Lula disse que ele é acompanhado em suas viagens por "diretores do Instituto Lula, lideranças políticas, sindicalistas, empresários e intelectuais".
A Folha questionou o Instituto Lula e a Odebrecht sobre Alexandrino Alencar. Nenhuma assessoria disse quem pediu sua inclusão na lista.
Segundo a empresa, "assuntos de interesse da Odebrecht não constaram da pauta dos encontros e das reuniões das quais o ex-presidente Lula participou". O Itamaraty diz que a lista oficial da comitiva continha os nomes de Lula e dos embaixadores.

FONTE: FOLHA.COM

18 de mar. de 2013

Comissão da Verdade vai investigar morte do presidente João Goulart

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) deve investigar a morte do presidente João Goulart, o Jango. A família do presidente fez um pedido formal à CNV para esclarecer a morte de Jango. O documento foi entregue nesta segunda-feira (18) pelo diretor do Instituto João Goulart e filho de Jango, João Vicente Goulart. A família acredita que foi assassinado pela ditadura militar.
Em 6 de dezembro de 1976, Jango morreu na cidade argentina de Mercedes, onde também viveu durante o exílio. A certidão de óbito diz que o presidente foi vítima de um ataque cardíaco. A família, no entanto, suspeita das circunstâncias da morte de Jango, pelo fato de que o presidente estava se organizando para voltar ao Brasil com o intuito de atuar contra o regime militar.
Para a família, Jango foi vítima de envenenamento, como parte da Operação Condor, ação coordenada entre os regimes militares de países sul-americanos contra seus opositores. Os parentes defendem que seja feita uma autópsia, o que não foi permitido na ocasião da morte de João Goulart, que estava exilado na Argentina. Deposto pelo golpe militar em 1964, Jango exilou-se com a família no Uruguai e, depois, na Argentina. Mesmo depois de retirado da Presidência da República, continuou sendo alvo do regime militar.
No requerimento apresentado à Comissão Nacional da Verdade, o Instituto João Goulart pede que seja feita coleta de testemunhos e documentos, além de consultas oficiais a autoridades dos Estados Unidos, do Paraguai, Chile, Uruguai e da Argentina.
Integrante da CNV, Rosa Cardoso disse que com os documentos apresentados há “um conjunto de indícios muito concludente" e que apontam que Jango pode ter sido vítima "da operação repressiva, dessa repressão terrível que se impôs aos exilados".
O pedido foi apresentado durante uma audiência pública realizada pela CNV, em parceria com a Comissão Estadual da Verdade de Porto Alegre, para ouvir relatos de 13 militantes de diversos grupos de resistência ao regime ditatorial sobre violências sofridas durante o período (1964 a 1985).

FONTE: IG.COM

17 de mar. de 2013

Bancada do PSOL fala sobre a atual situação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados se manifestou no plenário sobre a nova presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), o deputado Marco Feliciano (PSC).

O deputado Chico Alencar contou que recebeu manifestações de várias lideranças religiosas, como católicos, evangélicos, luteranos, presbiterianos, entre outros, contrários à eleição de Feliciano. Disse ainda que assistiu vídeos, que estão disponíveis na internet, que comprovam o mercado da fé e as opiniões homofóbicas, racistas e de intolerância religiosa do atual presidente.


O deputado Jean Wyllys afirmou que a oposição a Marco Feliciano não se trata de um ataque à comunidade cristã, mas de uma oposição política. Ressaltou que são mentiras campanhas difamatórias que estão circulando nas redes sociais, tentando associar o nome dele e o da deputada Érika Kokay a uma posição anticristã. Ele disse ainda que as pessoas que inventaram as difamações serão identificadas e responsabilizadas pelos crimes de injúria e difamação.

O deputado Ivan Valente destacou os valores que a Comissão de Direitos Humanos e Minorias sempre teve e a importância de se saber rever posições em nome da harmonia, da paz e da defesa de valores fundamentais.

Abaixo o discurso dos deputados Chico Alencar, Jean Wyllys e Ivan Valente.

Discurso do deputado Chico Alencar

E é sobre o espírito ecumênico que eu quero falar aqui, Sra. Presidenta.

Recebi manifestações de 150 pastores e líderes evangélicos, do Colegiado Buddhista do Brasil, do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), que reúne católicos, luteranos, presbiterianos, anglicanos e outras denominações mais tradicionais do reformismo religioso cristão, contra a absolutamente inadequada indicação, pelo Partido Social Cristão, do Deputado Pastor — que é como ele se qualifica aqui — Marco Feliciano para a Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Será uma Presidência e uma Comissão, em 2014, de permanente crise, o que não ajuda este Parlamento.

O Deputado Pastor tem dito que o que se assaca contra ele é mentira. Na realidade, o que diversas gravações, palavras, posturas e atos, especialmente no seu ambiente de culto, talvez nem tanto aqui, revelam é: homofobia, racismo, intolerância religiosa. Aliás, referindo-se à Igreja católica, diz tratar-se de uma instituição morta e fajuta e até seu setor carismático como o do avivamento de satanás. Ofendeu a todos nós, recentemente, já no exercício do mandato, dizendo que toda terça, quando chega na Câmara dos Deputados do Brasil, percebe que as forças de satanás estão muito ativas, operando para o mal, inclusive com ativista do demônio.

Sinceramente, isso é expressão política que não representa a mínima moderação, a mínima mediação necessária à função.

V.Exa. tem dito, como eu falei agora, que tudo que se assaca é mentira. Eu tenho visto vídeos que me chocam, e não apenas aquele de fazer mercado da fé: Me dá o cartão com as senhas, senão vai reclamar de Deus e não teria razão quanto a isso. Isso é deplorável!

Qualquer um pode desenvolver sua atividade de negócios, de mercado, sua atividade pastoral num outro plano. Agora, dizer, inclusive, como V.Exa. disse, que chegando aqui, na terça-feira, tem que estar armado contra as ações do demônio, é muito primário, é muito rebaixado, é muito medieval e é claramente ataque à ética e ao decoro Parlamentar.

Por isso, rogo a Deus até — porque eu tenho a minha fé. V.Exa. pode achar que ela é uma farsa, uma burla neste papel de juízo universal em que se coloca — para essa situação da Comissão de Direitos Humanos não prevaleça e não permaneça.

Deixo aqui nos Anais da Casa essas manifestações de budistas, de evangélicos e do CONIC a respeito dessa situação.”

Discurso do deputado Jean Wyllys

Obrigado, Sra. Presidenta Deputada Fátima Bezerra.

O senso comum costuma dizer que não há volta para flecha lançada e não há volta para a palavra pronunciada. Para além do fato de que o perdão tem um valor —e eu valorizo os pedidos de perdão —, é preciso levar em conta que certos pedidos de perdão não correspondem à sinceridade.

Os vídeos em que o Deputado Marco Feliciano injuria de fama a comunidade LGBT, injuria a comunidade católica são fatos e contra fatos não há argumentos. Eles estão disponíveis nas redes sociais, as pessoas podem acessar esses vídeos e ver quais as posições fundamentalistas desse Deputado em relação às minorias estigmatizadas.

Eu quero ressaltar que toda oposição que vimos fazendo aqui, eu, Deputada Érika Kokay, Deputado Chico Alencar, Deputado Nilmário Miranda, Deputado Domingos Dutra, V.Exa., todos nós, para garantir a perspectiva de direitos humanos que sempre faltou à Comissão até agora, é uma oposição não contra uma pessoa e muito menos é um ataque à comunidade cristã. Pessoalmente não temos nada contra o Deputado Pastor Marco Feliciano, e quase todos nós temos formação cristã, temos amigos cristãos, então não se trata de um ataque à comunidade cristã. Trata-se de uma oposição política. Trata-se de oposição a um fundamentalista que quer desvirtuar o princípio da Comissão de Direitos Humanos com suas proposições e declarações públicas.

Digo isso, porque vem sendo feito campanhas difamatórias nas redes sociais, tentando associar meu nome e o da Deputada Érika Kokay a uma posição anticristã, como se tivéssemos dito que nós não gostamos dos cristãos ou que os cristãos são doentes. Isso é uma mentira. É uma campanha difamatória. Uma batalha que tem sido travada no âmbito da esfera pública e da cultura e que parte desta Casa, infelizmente, tem ignorado.
Sra. Presidente, faço questão de ressaltar isso.


A população brasileira precisa saber que, na batalha para garantir os direitos humanos nesta Casa e a voz das minorias, nós vimos sendo alvo de campanhas difamatórias promovidas por pessoas que já foram identificadas e que serão responsabilizadas pelo crime de injúria e difamação.

Muito obrigado.”

Discurso do deputado Ivan Valente

Em primeiro lugar, Presidente, queria me associar a suas palavras e dos Deputados que nos antecederam em defesa da Comissão de Direitos Humanos, dos valores da Comissão de Direitos Humanos, para que nós tenhamos nesta Casa não um veto, mas a sensatez de saber rever posições em nome da harmonia, da paz e da defesa de valores fundamentais dos direitos humanos, como os que nós defendemos ontem na Comissão e que o PSOL continua defendendo. É a Câmara, é o Parlamento, é o Poder Legislativo que está em jogo. Um desgaste está havendo nessa questão. Que as pessoas saibam recuar.

Mas Sra. Presidente, eu queria tratar também de uma questão importante, que é a desoneração da cesta básica, porque nós estamos percebendo que existe uma troca de gato por lebre.”

Fonte: Liderança do PSOL na Câmara

16 de mar. de 2013

Sem recursos, HU fecha Hospital Dia e Centro Cirúrgico

O Hospital Dia e o Centro Cirúrgico do Hospital Universitário (HU) da UFJF, localizados no Bairro Dom Bosco, Cidade Alta, e responsáveis por pequenas e médias cirurgias estão com as portas fechadas desde a última quarta-feira. Uma semana antes, no último dia 5, 30% dos atendimentos previamente agendados em duas unidades do hospital - no Dom Bosco e no Santa Catarina- passaram a ser remarcados. Em consequência, a marcação de novas consultas foi interrompida. Dos 142 leitos de pré e pós operatório da instituição, 50 estão fechados, sendo a maioria da unidade do Santa Catarina. A partir de segunda-feira, o almoxarifado da unidade Dom Bosco só funcionará em meio expediente. Conforme anunciado previamente pela instituição, 30% dos funcionários, cerca de cem pessoas, já receberam o aviso prévio. O cenário caótico é reflexo das medidas de contenção de gastos, adotadas depois que as verba federais para custeio da entidade deixaram de ser enviadas pelo Governo federal.
De acordo com o diretor financeiro do HU, Alexandre Magno Mendes da Silveira, no ano passado, o custo para manutenção da unidade hospitalar foi de R$ 35.353.943,20, oriundos de quatro fontes de financiamento diferentes. A mais significativa delas, de R$ 18.980.582, que representa 54% do custeio, é oriunda de acordos definidos pelo reitor da UFJF, Henrique Duque, com o Governo em Brasília. "Esse valor não é certo, depende de acordos firmados nos ministérios. E é justamente essa verba que o reitor conseguiu no ano passado e que está fazendo falta", afirma. Magno confirma que, esse ano, já foram feitos cortes da ordem de 25% sobre o que estava previsto e que ainda podem ser necessários outros ajustes para conseguir fechar a conta, caso o dinheiro realmente não venha.
As dificuldades financeiras do HU começaram a surgir após a UFJF ter se negado a aderir à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), uma empresa estatal de direito privado, criada pelo Governo federal para gerir os hospitais universitários federais. A decisão foi tomada após plebiscito, realizado no fim de 2012, junto à comunidade do HU. No início do mês, o reitor Henrique Duque informou em entrevista coletiva que, a partir deste ano, o custeio dos 46 hospitais universitários do país passou a ser feito pela EBSERH, de forma que os ministérios não repassarão mais verba diretamente aos HUs. "Essa suspensão de repasse não ficou restrita ao nosso hospital universitário", disse o reitor na ocasião, já que as demais unidades que não concordaram em migrar para a empresa também estariam enfrentando situação semelhante.
Antes dos cortes, o HU oferecia 140 leitos e realizava, em média, nove mil consultas por mês, tendo, inclusive, exclusividade na prestação de alguns serviços pelo SUS local, como transplante de medula óssea, ressonância magnética, gastroenteorologia, entre outros.O diretor geral do hospital, Dimas Augusto Tavares de Araújo, disse nesta sexta-feira (15) que o intuito é preservar esses serviços, realizando cortes nos que são ofertados por outros hospitais da cidade. "Vamos trabalhar para que seja uma redução qualitativa, que não atinja a qualidade dos atendimentos."

Residentes fazem protesto e trabalhadores buscam apoio político

A comunidade envolvida com HU viveu uma sexta-feira marcada por reuniões em busca de solução. Pela manhã, residentes e integrantes da chefia médica reuniram-se com o reitor Henrique Duque, no Campus, para manifestar apoio à adesão imediata da instituição à Ebserh. "Entendemos que essa é a única solução viável. A demora na definição atrapalha a formação dos médicos e residentes e, mais importante, impacta de forma intensa o atendimento hospitalar de toda região", afirma a médica-residente do hospital, Luciana Miranda Marcondes.
Ainda pela manhã, membros da Comissão de Defesa do HU se encontram com o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG) para debater a questão."Ele afirmou que vai levar o tema para a Comissão de Saúde e Securidade Social. Buscamos apoio político para reforçar a nossa causa. Já conversamos com o Júlio Delgado (PSB) que sinalizou que irá fazer uma representação junto ao MEC. Na próxima semana, iremos encontrar a deputada Margarida Salomão (PT)", afirmou o membro da Comissão em Defesa do HU, Flávio Sereno.
À tarde, representantes do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf), da Associação de Professores de Ensino Superior (Apes/JF) e do Comitê em Defesa do HU, contrários à adesão, encontraram-se com o reitor e o diretor-geral da unidade hospitalar, Dimas Augusto Carvalho de Araújo. "O contratos dos trabalhadores com a Fundação HU termina no dia 31 de outubro. São aproximadanre 430 funcionários. Estamos procurando a melhor alternativa e ouvindo propostas de todos para solucionar da melhor maneira essa questão ", afirma Dimas.
Também nesta sexta-feira, o vereador Antônio Aguiar (PMDB) elaborou representação, aprovada em plenário da Câmara Municipal, na qual solicita a intervenção do Ministério Público Federal.

FONTE: TRIBUNA.COM

13 de mar. de 2013

Professor da PJF para nesta quinta-feira

O impasse com relação à adequação da carga horária dos professores da rede municipal terá um novo capítulo nesta quinta-feira (14), dia em que a categoria fará mais uma paralisação de suas atividades. A reunião desta quarta entre representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro) e da Prefeitura não resultou em maiores avanços e um novo encontro foi agendado para esta manhã. "Não houve acordo. Mostramos nosso posicionamento sobre algumas questões referentes à pauta de reivindicações. Estamos no mesmo ponto e vamos buscar uma evolução nas conversas amanhã (quinta)", resumiu o coordenador-geral do Sinpro, o vereador Roberto Cupolillo (Betão, PT).
Os professores reivindicam o cumprimento imediato do item da Lei do Piso, que prevê que um terço da jornada de trabalho seja cumprido em atividades extraclasses. No modelo adotado atualmente, apenas um quarto da carga de 20 horas semanais é destinado ao exercício das funções docentes fora de sala de aula. Para contornar o problema, o Executivo propôs uma adequação a partir de janeiro do ano que vem. A solução ofertada pelo município é justificada por dificuldades orçamentárias e pedagógicas para a aplicação do novo formato ainda em 2013. Em um primeiro momento, a proposta foi rechaçada pela categoria.
A pauta de reivindicação da campanha salarial também irá voltar à mesa permanente de negociações no encontro de logo mais. Os professores pedem um reajuste de 15% em seus vencimentos. Deste índice, 7,9% é referente ao repasse do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) em 2013. O restante diz respeito ao repasse do fundo em exercícios anteriores. O pedido é de que a correção seja retroativa a janeiro de 2012. Além das correções salariais, os docentes lutam ainda por questões específicas da categoria.
Após as conversas entre Executivo e sindicalistas, a diretoria do Sinpro vai levar o resultado da reunião para a apreciação da categoria, durante a assembleia que será realizada no Hotel Ritz, no Centro, a partir das 15h. Os professores também vão deliberar sobre a manutenção ou não da estratégia que, desde o dia 5 de março, reduz cada módulo/aula em cinco minutos, o que, na maioria dos casos, resulta em uma perda diária de 25 minutos por turno. A possibilidade da mobilização dos servidores evoluir para uma paralisação por tempo indeterminado também será debatida, já que um indicativo de greve foi mantido por unanimidade no último encontro dos docentes, no último dia 1º.

FONTE: TRIBUNA.COM

Novo papa, cardeal argentino combateu FMI e é acusado de ajudar ditador

O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, agora papa Francisco, passa por vários questionamentos em seu país por frases polêmicas em relação a temas políticos e é acusado de envolvimento com a última ditadura militar (1976-1983).
Quando era arcebispo de Buenos Aires, em 2002, o novo pontífice disse que os argentinos deveriam parar de "rezar" para o FMI (Fundo Monetário Internacional) porque isso não ajuda o país a se recuperar de sua maior crise da história.
Na época, ele considerou que o pedido de ajuda não resolveria os problemas do país, que na época tentava um acordo com o fundo, que não chegou. "Não vamos a lugar nenhum [com a ajuda externa], simplesmente nos endividaríamos ainda mais", disse.
Dias antes, ele havia dito, na cerimônia da Revolução de Maio, Bergoglio disse que a Argentina estava "à beira da dissolução nacional". Na ocasião, ele não se importou com a presença do então presidente Eduardo Duhalde e afirmou que a classe política deveria ser um pouco menos "egoísta".
DITADURA
Em 2005, o jornalista Horacio Verbitsky acusou o então arcebispo de ter contribuído para a detenção, em 1976, pelas Forças Armadas, de dois sacerdotes que trabalhavam sob seu comando na Companhia de Jesus, Francisco Jalics e Orlando Yorio. A história foi registrada no livro "El Silencio".
A acusação não é inédita. Rumores sobre uma suposta colaboração de Bergoglio com a ditadura já haviam sido ventilados na Argentina por críticos do perfil conservador do cardeal. É a primeira vez, no entanto, que se publicava um registro oficial da atuação de Bergoglio no episódio.
Verbitsky obteve nos arquivos do Ministério das Relações Exteriores e Culto da Argentina um documento de 1979 em que o então diretor de Culto Católico do órgão, Anselmo Orcoyen, afirma ter sido informado por Bergoglio das "suspeitas de contato com guerrilheiros" e dos "conflitos de obediência" envolvendo o sacerdote de origem húngara Jalics.
Bergoglio teria feito esses comentários oralmente ao entregar por escrito um pedido para renovação do passaporte argentino de Jalics, que, assim como Yorio, foi libertado em 1976. O pedido de renovação do passaporte foi negado com base nos antecedentes do religioso informados verbalmente. Verbitsky narrou esses fatos num capítulo do livro chamado de "As Duas Faces do Cardeal".
Bergoglio aceitou falar com o escritor durante a preparação do livro. O cardeal negou que tenha colaborado com a ditadura e disse que, ao contrário, agira para tentar salvar os sacerdotes enquanto estavam presos na Esma, a Escola de Mecânica da Armada, local de extermínio do regime militar.

FONTE: FOLHA.COM

6 de mar. de 2013

PRONUNCIAMENTO DO PRESIDENTE NACIONAL DO PSOL

Nosso pronunciamento de hoje sobre a perda de Hugo Chaves:

"Sr. presidente, Sras. e Srs. deputados,

É com imensa tristeza que subimos hoje a esta tribuna. Despediu-se na tarde de ontem, após longa agonia e luta incansável pela vida, o presidente Hugo Chávez. Ainda jovem, aos 58 anos, Chávez agora entra para a história como o homem que iniciou uma retomada da luta anti-imperialista em nosso continente. Perdemos uma referência para a América Latina, especialmente para aqueles que, como dizia Che Guevara, não deixam de se indignar com as injustiças do mundo. Somos, portanto, companheiros de Hugo Chávez.

Já dissemos aqui que a Venezuela mudou muito nestes últimos anos sob a Revolução Bolivariana. Não apenas pela luta anti-imperialista, mas pelos muitos avanços concretos, pouco divulgados por aqui que, só foram possíveis porque o povo venezuelano deu uma chance ao socialismo bolivariano, que acabou com o analfabetismo, estendeu a atenção pública da saúde à maioria da população, disseminou as escolas de período integral, instituiu a Reforma Agrária, retomou para controle do Estado setores estratégicos da economia e criou as missiones – para dar atenção social aos desamparados de sempre.

Foi este “socialismo do século XXI”, como definia Chávez, que promoveu uma grande transformação na questão habitacional, criou mercados públicos onde, apesar de não haver abundância, se encontrava o básico que não havia antes, a preços populares. Que aumentou vagas universitárias e criou bolsas de estudo num sistema mais justo e mais eficaz. Chávez democratizou o ensino superior na Venezuela com a certeza de que estava plantando o futuro do país.

Tudo isso foi possível porque Chávez promoveu uma inversão das prioridades do país, começando por democratizar os benefícios gerados pelo petróleo, promovendo a distribuição de renda e a melhoria dos serviços públicos para aqueles que mais precisam. Estes que, por séculos, foram abandonados pela elite, que monopolizava as riquezas do país em seu benefício exclusivo.

No último dia 7 de outubro, Hugo Chávez foi reeleito presidente da Venezuela, com cerca de 54% dos votos válidos, para governar o país por mais seis anos. O resultado da eleição, que contou com observadores internacionais, foi reconhecido pelo candidato da oposição Enrique Capriles. Chavez não pode assumir, acometido pelo câncer, uma companhia insólita, persistente e aterradora, que o presidente, no entanto, enfrentou com a coragem de quem sabia que sua vida já não era apenas sua, mas de milhões.

Há no país o sentimento da maioria de que, hoje, a Venezuela é mais justa e humana do que quando a elite econômica governava, tão insensível às demandas populares e preocupada apenas em manter seus privilégios. São os milhões de pobres e remediados que viram sua vida melhorar com nunca antes que convalesceram com ele nestes últimos anos, e que agora choram a sua morte.

Chávez é tão atacado pelas elites latino-americanas porque elas sabem que o bolivarianismo é um exemplo para toda a América Latina e se espalhou pelo Equador e Bolívia. Agora, o digno e corajoso povo venezuelano se depara novamente com a História. Sabemos que o socialismo não é apenas um modelo econômico, mas também um processo pedagógico de emancipação humana. De busca pelas raízes da solidariedade, da justiça e da igualdade, e que quando descobertos, tornam-se uma invencível força coletiva.

É isso que esperamos agora. Que o povo venezuelano chore a morte de seu líder, mas aprenda a lição de Hugo Chávez: nunca desistir, pois o avanço do socialismo é um projeto de milhões. Que tenha a sabedoria para dizer ao grande capital e para aqueles que querem agora se aproveitar deste momento para retomar velhos projetos de dominação, e que aqui, na América Latina, é a democracia social e a soberania popular que imperam.

Hugo Chávez, presente.
Viva a Venezuela. Viva o socialismo.

Muito obrigado."

Foto: Agência Câmara
Nosso pronunciamento de hoje sobre a perda de Hugo Chaves:

"Sr. presidente, Sras. e Srs. deputados,

É com imensa tristeza que subimos hoje a esta tribuna. Des...pediu-se na tarde de ontem, após longa agonia e luta incansável pela vida, o presidente Hugo Chávez. Ainda jovem, aos 58 anos, Chávez agora entra para a história como o homem que iniciou uma retomada da luta anti-imperialista em nosso continente. Perdemos uma referência para a América Latina, especialmente para aqueles que, como dizia Che Guevara, não deixam de se indignar com as injustiças do mundo. Somos, portanto, companheiros de Hugo Chávez.
 
Já dissemos aqui que a Venezuela mudou muito nestes últimos anos sob a Revolução Bolivariana. Não apenas pela luta anti-imperialista, mas pelos muitos avanços concretos, pouco divulgados por aqui que, só foram possíveis porque o povo venezuelano deu uma chance ao socialismo bolivariano, que acabou com o analfabetismo, estendeu a atenção pública da saúde à maioria da população, disseminou as escolas de período integral, instituiu a Reforma Agrária, retomou para controle do Estado setores estratégicos da economia e criou as missiones – para dar atenção social aos desamparados de sempre.
 Foi este “socialismo do século XXI”, como definia Chávez, que promoveu uma grande transformação na questão habitacional, criou mercados públicos onde, apesar de não haver abundância, se encontrava o básico que não havia antes, a preços populares. Que aumentou vagas universitárias e criou bolsas de estudo num sistema mais justo e mais eficaz. Chávez democratizou o ensino superior na Venezuela com a certeza de que estava plantando o futuro do país.
 Tudo isso foi possível porque Chávez promoveu uma inversão das prioridades do país, começando por democratizar os benefícios gerados pelo petróleo, promovendo a distribuição de renda e a melhoria dos serviços públicos para aqueles que mais precisam. Estes que, por séculos, foram abandonados pela elite, que monopolizava as riquezas do país em seu benefício exclusivo.
 No último dia 7 de outubro, Hugo Chávez foi reeleito presidente da Venezuela, com cerca de 54% dos votos válidos, para governar o país por mais seis anos. O resultado da eleição, que contou com observadores internacionais, foi reconhecido pelo candidato da oposição Enrique Capriles. Chavez não pode assumir, acometido pelo câncer, uma companhia insólita, persistente e aterradora, que o presidente, no entanto, enfrentou com a coragem de quem sabia que sua vida já não era apenas sua, mas de milhões.
 Há no país o sentimento da maioria de que, hoje, a Venezuela é mais justa e humana do que quando a elite econômica governava, tão insensível às demandas populares e preocupada apenas em manter seus privilégios. São os milhões de pobres e remediados que viram sua vida melhorar com nunca antes que convalesceram com ele nestes últimos anos, e que agora choram a sua morte.
 Chávez é tão atacado pelas elites latino-americanas porque elas sabem que o bolivarianismo é um exemplo para toda a América Latina e se espalhou pelo Equador e Bolívia. Agora, o digno e corajoso povo venezuelano se depara novamente com a História. Sabemos que o socialismo não é apenas um modelo econômico, mas também um processo pedagógico de emancipação humana. De busca pelas raízes da solidariedade, da justiça e da igualdade, e que quando descobertos, tornam-se uma invencível força coletiva.
 É isso que esperamos agora. Que o povo venezuelano chore a morte de seu líder, mas aprenda a lição de Hugo Chávez: nunca desistir, pois o avanço do socialismo é um projeto de milhões. Que tenha a sabedoria para dizer ao grande capital e para aqueles que querem agora se aproveitar deste momento para retomar velhos projetos de dominação, e que aqui, na América Latina, é a democracia social e a soberania popular que imperam.

Hugo Chávez, presente.
Viva a Venezuela. Viva o socialismo.

Muito obrigado."

5 de mar. de 2013


          COMANDANTE CHÁVEZ, PRESENTE!!!
          COMANDANTE CHÁVEZ, PRESENTE!!!
          COMANDANTE CHÁVEZ, PRESENTE!!!

2 de mar. de 2013

Dez cidades terão nova eleição neste domingo

Desde o início do ano, a cidade de Camamu (BA) está sob comando do presidente da Câmara Municipal. A eleição do ano passado foi anulada, e os 24,5 mil eleitores terão de voltar às urnas amanhã para escolher um prefeito para o mandato que deveria ter começado em janeiro.
Dos quatro candidatos que disputam o novo pleito, Emiliana de Zequinha da Mata (PP) é a única que havia tentado se eleger em outubro.
No ano passado, às vésperas das eleições, ela entrou na disputa para substituir o irmão, Zequinha da Mata (PP), que aguardava o julgamento de um recurso no TSE, mas preferiu renunciar.
Emiliana obteve 32,6% dos votos, e os outros quatro candidatos tiveram os registros indeferidos. As eleições foram anuladas porque mais de 50% dos votos válidos foram dados a esses candidatos.
Além de Camamu, outras 26 cidades do país vivem situação parecida. Em dez, as chamadas eleições suplementares serão amanhã. Nas demais, em 7 de abril.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) afirma que mesmo quem não votou nas eleições de outubro do ano passado poderá votar agora.
2º ROUND
Em Balneário Rincão (SC), a primeira eleição para prefeito de sua história ainda pode estar longe do fim.
Décio Góes (PT) venceu a disputa em 2012 com 52% dos votos, mas não pôde assumir.
A Justiça Eleitoral entendeu, com base na Lei da Ficha Limpa, que ele estava inelegível até 31 de dezembro, e seus votos foram anulados.
Agora, vai enfrentar novamente seu adversário de 2012, Jairo Custódio (PMDB), que obteve 48% dos votos na disputa do ano passado.
A coligação do PMDB pediu o indeferimento da candidatura petista, afirmando que a eleição de amanhã faz parte do processo eleitoral iniciado em 2012 e que só se repete porque Góes provocou a anulação do pleito anterior.
Já a coligação do PT defende que o candidato não pode ser responsabilizado pela anulação da eleição passada. Os petistas afirmam que Góes recorreu ao Judiciário buscando um direito dele.
O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) liberou o petista para a disputa, mas a novela só deve terminar quando o caso for julgado pelo TSE --ainda não foi definida a data para o tribunal analisar o caso.
O número de cidades que necessitam de eleições suplementares ainda pode aumentar por causa de casos que ainda estão sendo julgados.
Nos municípios com eleição marcada para o dia 7 de abril, os candidatos têm até esta sexta-feira para oficializar suas candidaturas.
Municípios que elegerão novo prefeito amanhã:
Eugênio de Castro (RS)
Novo Hamburgo (RS)
Bonito (MS)
Sidrolândia (MS)
Camamu (BA)
Balneário Rincão (SC)
Campo Erê (SC)
Criciúma (SC)
Tangará (SC)
Guarapari (ES)

FONTE: FOLHA.COM