Andando pelas ruas do centro da cidade, nos deparamos com as placas em pontos estratégicos colocados pela prefeitura desta cidade. Nas placas o slogan: NOVA JUIZ DE FORA. Acho uma imoralidade com o dinheiro público
Procuro entender a mensagem, mas por mais esforço que faço não consigo enxergar esta nova realidade que nossa cidade vive. Onde encontrar uma NOVA JUIZ DE FORA se tudo parece estar como “dantes no quartel de Abrantes”? É lógico que este poder público que aí está não perderia tempo em divulgar as suas obras marcantes do ponto de vista deles, mas que para a população em geral não representa absolutamente nada. É muito bonito asfaltar as ruas do centro, isto trás visibilidade, a idéia de que o governo está trabalhando. Bejani quando assumiu em 2004 também asfaltou o centro. Na verdade é pra esconder a verdadeira incapacidade de realização que este governo nos apresenta. Se refletirmos um pouco, onde estão os mergulhões, viadutos e hospital prometido na campanha de 2008? Será que o prefeito acha que todos os juizforanos esqueceram das promessas? E a saúde falida que continua a impor a todos nós um atendimento péssimo sem que possamos enxergar uma esperança no final do túnel?
Marx dizia que o estado expressa os interesses da classe dominante. Então é isto, os moradores do centro dominam a cidade e o resto da população que continue a penar com ruas esburacadas, sem meios de transportes dignos, sem saúde, sem segurança, sem emprego e com a nítida sensação de abandono pelo poder público.
Não resta dúvida de que em 2012, ano de eleição (ou reeleição), as obras podem aparecer, meio devagar, mas é provável que apareçam e aí as famosas placas da NOVA JUIZ DE FORA já serviram como meio de comunicação, cumpriram o papel fundamental neste processo de dominação e alienação das massas.
Mas afinal, quando é que o governo eleito em 2008 irá tomar posse realmente da administração da cidade? Então? Já sabe se você mora na velha ou na nova Juiz de Fora?
Waldir Giacomo (Acadêmico de História e Vice-Presidente do PSOL JF)
7 de dez. de 2010
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