Três líderes indígenas denunciaram nesta terça-feira (1), em Londres, o grave impacto para suas comunidades e o meio ambiente das gigantescas hidrelétricas projetadas na bacia do Amazonas, que segundo eles provocarão destruição, inundações e o deslocamento de milhares de pessoas.
"Estamos aqui para mostra à comunidade internacional que não nos escutam e que o governo brasileiro está violando seriamente nossos direitos", declarou Sheyla Yakarepi Juruna, representante da tribo Juruna no rio Xingu, no estado do Pará, onde está prevista a construção da hidrelétrica de Belo Monte, que seria a terceira maior do mundo.
Sheyla Yakarepi Juruna, o Almir Narayamoga Surui, líder da tribo Surui na região do rio Madeira, no estado de Rondônia, e Ruth Buendía Mestoquiari, presidente da organização Central Ashaninka do rio Ene, no Peru, concluem na capital britânica uma viagem de 10 dias pela Europa que passou por Oslo, Genebra e Paris.
No rio Madeira, afluente do Amazonas, há outras duas grandes hidrelétricas em construção. O governo brasileiro, que busca garantir a futura segurança energética do país, assinou um acordo com Lima para construir e operar seis hidrelétricas em território peruano, entre elas a de Paquitzapango nas terras dos Ashaninka.
Na quarta-feira, último dia da visita, os ativistas protestarão ao lado de membros de uma coalizão de organizações não governamentais britânicas diante do escritório londrino do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal fonte de financiamento dos projetos.
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