2 de mar. de 2012

Em Juiz de Fora: Protesto no Bairro Sta. Luzia.

Mais de 50 alunos, professores e representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) se reuniram, no início da tarde de ontem, na porta da Escola Estadual Governador Juscelino Kubitschek, no Bairro Santa Luzia, Zona Sul, para protestar contra o fechamento de turmas na instituição. A previsão é do encerramento de um sexto ano do ensino fundamental e um primeiro ano do ensino médio. Uma classe do nono ano, com cerca de 28 alunos, já foi dissolvida, e os estudantes foram encaminhados para duas outras salas, fazendo com que cada uma ficasse com cerca de 40. "Cada sala de aula comporta, no máximo, uns 30 alunos. Trabalhar nestas condições é impossível", reclama o professor de história Iverson Silva. Os discentes engrossam o coro, denunciando que o corte dificulta o aprendizado e que o espaço físico é reduzido para todo o grupo. "As carteiras ficam coladas umas nas outras, e o calor é insuportável. Além disso, não dá para escutar o que o professor diz, porque é muita gente junta", queixa-se uma aluna de 14 anos, matriculada no nono ano que foi cancelado.
De acordo com a coordenadora da subsede do Sind-UTE em Juiz de Fora, Victória de Fátima de Melo, três outras escolas de Juiz de Fora estão sob a mesma ameaça e já foram notificadas sobre o cancelamento de classes: a Escola Estadual Henrique Burnier, no Poço Rico, região Sudeste; a Escola Estadual Cândido Motta Filho, no São Benedito, região Leste; e a Escola Estadual Bernardo Mascarenhas, em Benfica, Zona Norte. "No total, são de oito a dez turmas para serem fechadas. Mas, na realidade, todas as escolas estaduais de Juiz de Fora estão ameaçadas."
Segundo a diretora da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Juiz de Fora, Belkis Cavalheiro Furtado, a extinção de turmas obedece a uma resolução que se aplica a todas as instituições estaduais e determina que haja, em média, 25 alunos para as classes do primeiro ao quinto ano, 35 do sexto ao nono do ensino fundamental e 40, para o ensino médio. "A mudança está de acordo com a lei, e não há superlotação na escola. Eu mesma visitei o local, as salas são amplas e ventiladas. Estamos analisando cada lugar onde foi determinada a redução, para cumprir a lei com sensibilidade, sem prejudicar alunos ou professores"

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