17 de nov. de 2009
YASSER ARAFAT.
Milhares de pessoas renderam tributo póstumo ao primeiro presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, em meio a fortes medidas de segurança e com críticas à política estadunidense e israelense. O sucessor de Arafat e atual chefe da ANP, Mahmoud Abbas, foi das primeiras personalidades que depositaram flores na tumba de Arafat, cujo decesso há cinco anos ocorreu de forma repentina e em circunstâncias ainda pouco claras.
Centenas de oficiais e agentes da polícia, inclusive mulheres, se deslocaram em várias zonas de Ramalah para garantir a segurança nos atos pelo aniversário lutuoso do também líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
Um comunicado de imprensa precisou que dezenas de ônibus chegarão a esta cidade do centro da ocupada Cisjordânia ou Ribeira Ocidental procedentes dos distritos sulistas de Hebron, Belém e Jerusalém, ademais de outros desde localidades do norte para a homenagem a Arafat.
A polícia, que fechou ao trânsito a avenida desde a Praça Manara até a Muqataça, sede do executivo da ANP e onde está o masoleu de Arafat, estabeleceu três postos de comando para cada ramo dos serviços de segurança e um para oficiais de terreno.
Desde a noite de terça-feira, milhares de pessoas começaram a acender velas e a colocar flores na sepultura do promotor da criação de um Estado palestino, que também dirigiu o movimento Al-Fatah, atualmente no poder na Cisjordânia.
Antecipa-se que o discurso de Abbas dará ênfase à reclamação permanente palestina de lograr as metas de Arafat, em particular a paz, a criação de um Estado independente com capital na Jerusalém Oriental e a reconciliação desse povo.
De fato, a homenagem foi antecedida pela difusão de uma sondagem da entidade Mundo Árabe para a Pesquisa e o Desenvolvimento (AWRAD) que atribuiu 70% de apoio à crítica formulada por Abbas contra Washington e Tel Aviv.
74% dos consultados rechaça o chamamento da Casa Branca a palestinos e israelenses para reatar o diálogo de paz "sem pré-condições" no tema do congelamento das colônias judias na Cisjordânia, indicou a enquete difundida pela agência WAFA.
De acordo com a consulta, 76% cree que "a continuação da construção de assentamentos judeus socava a credibilidade das negociações", tal como precisou Abbas quando mostrou decepção e anunciou que não se candidatará a reeleição em janeiro próximo.
Ademais, 78% respalda os princípios e propostas colocadas pelo governante, ao expor a complexa situação interna da ANP e da OLP, assim como a tolerância internacional com a intransigência de Israel.
Fonte: Prensa Latina
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