O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) decidiu manter a invasão no Ministério do Desenvolvimento Agrário, mesmo após o ministro da pasta ter publicado nota de repúdio.
No texto, divulgado no fim da manhã, Pepe Vargas, diz que só reabrirá o diálogo com os trabalhadores quando o edifício estiver liberado. Pelos cálculos do MST, 1.500 pessoas participam da invasão, que começou às 5h30 desta segunda-feira (16).
Os integrantes do movimento impediram a entrada dos funcionários, mas não houve registro de casos de violência ou tumulto.
Líderes do movimento exigem que o governo faça maiores investimentos para desapropriar terras no país e dizem que a reforma agrária está "estagnada".
Eles pedem a elaboração de um plano emergencial para o assentamento de 186 mil famílias acampadas, a criação de um programa para os assentamentos, investimentos públicos em habitação rural, educação, saúde e crédito agrícola.
CONDIÇÃO
Em nota, publicada nesta manhã, o ministro da pasta destacou que já havia uma agenda de negociações entre o governo e o movimento desde quarta-feira da semana passada (11).
"Processo democrático que é incompatível com o comportamento iniciado na manhã desta segunda", diz o ministro.
A ação do MST faz parte da chamada "Jornada nacional de lutas por reforma agrária", promovida todos os anos pelo movimento no mês de abril.
O período, conhecido por Abril Vermelho, relembra o assassinato de 21 sem-terra em Eldorado de Carajás, no Pará, em 17 de abril de 1996.
FONTE: FOLHA.COM
16 de abr. de 2012
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