9 de dez. de 2012

Indústria da China tem em novembro maior crescimento em oito meses

O crescimento da produção industrial chinesa e as vendas no varejo registram em novembro o seu melhor período em oito meses, enquanto a inflação subiu após o menor índice em 33 meses, em mais um sinal de que a economia do país está acabando com a possibilidade de uma queda prolongada.
Dados da Agência Nacional de Estatísticas da China mostraram que a produção industrial superou as previsões de crescimento de novembro e cresceu 10,1% em relação ao ano passado, a melhor performance desde março.
O crescimento anual nas vendas do varejo também surpreendeu, saltando 14,9% em novembro, enquanto os investimentos em ativos fixos cresceram 20,7% nos primeiros 11 meses do ano, um pouco abaixo das previsões.
Especialistas dizem que os dados divulgados neste domingo mostram que a China está desfrutando de uma invejável mistura de inflação benigna e retomada do crescimento econômico, que permite que Pequim mantenha suas políticas monetária e fiscal, ou mude para uma postura mais fácil se necessária.
"A economia chinesa está agora em um momento doce e pode ficar assim durante o primeiro semestre de 2013", disse Ting Lu, economista do Bank of America-Merrill Lynch. "Pequim ficará feliz em sustentar a atual postura política."
INFLAÇÃO
Os dados sobre a atividade industrial foram divulgados após um relatório sobre a inflação ter mostrado, neste domingo, que os preços aos consumidores da China subiram 2% em novembro, em relação a um ano atrás - abaixo da previsão de 2,1% - com o aumento do preço dos vegetais.
Mas economistas disseram que a subida da inflação, depois de seu ponto mais baixo em quase três anos, não preocupa, especialmente por estar bem abaixo do centro da meta do governo, de 4 por cento ao ano.
"Esperamos que a inflação aos consumidores não tenha grande retomada até o primeiro trimestre do próximo ano", afirmou Jiang Chao, analista da Guotai Junan Securities, em Xangai.
"Portanto, o banco central pode manter sua postura política atual e vemos pouca chance de mais afrouxamentos até o fim do ano."

FONTE: FOLHA.COM

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