Seminário de reorganização aprovou realização de um Congresso da Classe Trabalhadora, em junho de 2010, para a fundação de nova central.
O Seminário de Reorganização realizado nos dias 1° e 2 de novembro, que reuniu mais de mil pessoas em São Paulo, aprovou um Congresso da Classe Trabalhadora (CONCLAT) para junho de 2010, quando será fundada uma nova central. Foi um passo decisivo na construção de um instrumento unitário para as lutas da classe trabalhadora.
O caráter dessa central será votado no CONCLAT. Intersindical, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Movimento Terra e Liberdade, Pastoral Operária e setores da Conlutas coincidem na proposta de uma central de trabalhadores. Muitos abrindo mão, inclusive, da formulação inicial de central sindical para garantir a unidade. Já o setor majoritário da Conlutas, especialmente o PSTU, defende a incorporação do movimento estudantil, de movimentos contra as opressões e associações de moradores.
A polêmica em torno deste ponto chegou a colocar em dúvida a possibilidade da construção da central. Mas a responsabilidade com a luta dos trabalhadores, a necessidade de construir uma alternativa às centrais governistas e os pontos de acordo entre os vários setores falaram mais alto.
O processo vem amadurecendo desde o seminário realizado durante o Fórum Social Mundial de Belém, em janeiro deste ano, passando por dois dias nacionais de manifestações em março e agosto e pela realização de debates regionais.
O seminário nacional também aprovou um plano de ação que trata, entre outras coisas, da luta contra a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza, da defesa da Petrobras 100% estatal e do combate ao fator previdenciário.
O PSOL tem apoiado esse processo, respeitando a autonomia e a independência das entidades. O tema teve destaque no II Congresso do partido com a aprovação de uma resolução que defende uma nova central que organize os trabalhadores. No Fórum Social Mundial de Porto Alegre, em janeiro de 2010, será realizada uma plenária nacional para avançar no regimento e nas regras de participação no CONCLAT.
Campanhas salariais marcadas por greves e paralisações
As campanhas salariais em 2009 mostraram que, apesar das dificuldades, os trabalhadores estão resistindo e lutando. Houve um bom número de paralisações ou greves, como nos bancários, químicos, metalúrgicos, petroleiros e serviços públicos, mesmo com os obstáculos criados pelos patrões, governo e a Justiça para restringir o direito de greve.
Na previdência, onde a esquerda tem peso na direção sindical, particularmente a militância do PSOL, o governo utilizou multas, interditos proibitórios e tentou tornar ilegal o direito de greve. Já nos Correios, a direção lulista tentou desmontar a greve, com o próprio Presidente da República condenando a luta do funcionalismo.
Um fato interessante é que houve casos em que as bases de sindicatos da CUT e CTB rebelaram-se ao tomar conhecimento dos acordos superiores assinados nas bases dirigidas pelos setores combativos. São experiências que abrem a possibilidade de diálogo com um número maior de trabalhadores sobre a importância de uma alternativa classista que unifique e potencialize as lutas.
Em busca de uma nova Central
O Seminário de Reorganização realizado nos dias 1° e 2 de novembro, que reuniu mais de mil pessoas em São Paulo, aprovou um Congresso da Classe Trabalhadora (CONCLAT) para junho de 2010, quando será fundada uma nova central. Foi um passo decisivo na construção de um instrumento unitário para as lutas da classe trabalhadora.
O caráter dessa central será votado no CONCLAT. Intersindical, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Movimento Terra e Liberdade, Pastoral Operária e setores da Conlutas coincidem na proposta de uma central de trabalhadores. Muitos abrindo mão, inclusive, da formulação inicial de central sindical para garantir a unidade. Já o setor majoritário da Conlutas, especialmente o PSTU, defende a incorporação do movimento estudantil, de movimentos contra as opressões e associações de moradores.
A polêmica em torno deste ponto chegou a colocar em dúvida a possibilidade da construção da central. Mas a responsabilidade com a luta dos trabalhadores, a necessidade de construir uma alternativa às centrais governistas e os pontos de acordo entre os vários setores falaram mais alto.
O processo vem amadurecendo desde o seminário realizado durante o Fórum Social Mundial de Belém, em janeiro deste ano, passando por dois dias nacionais de manifestações em março e agosto e pela realização de debates regionais.
O seminário nacional também aprovou um plano de ação que trata, entre outras coisas, da luta contra a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza, da defesa da Petrobras 100% estatal e do combate ao fator previdenciário.
O PSOL tem apoiado esse processo, respeitando a autonomia e a independência das entidades. O tema teve destaque no II Congresso do partido com a aprovação de uma resolução que defende uma nova central que organize os trabalhadores. No Fórum Social Mundial de Porto Alegre, em janeiro de 2010, será realizada uma plenária nacional para avançar no regimento e nas regras de participação no CONCLAT.
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