16 de mai. de 2010

Entrevista de Plínio ao Correio Braziliense: De esquerda, ele entende.

Ele foi companheiro de exílio do tucano José Serra e conta que saía para dançar com Lula, quando o presidente era um deputado constituinte, em Brasília, no fim da década de 1980. Com 60 anos de vida pública, o pré-candidato à Presidência pelo PSol, Plínio de Arruda Sampaio, conferiu de perto grandes cenas da história política brasileira, mas não conhece a pré-candidata petista Dilma Rousseff: “Do ponto de vista político, a candidatura dela é um poste”.
Plínio rejeita o rótulo de candidatura nanica e afirma que apenas PSol, PSTU e PCB apresentam nomes de esquerda na disputa deste ano. Com 44 segundos de tempo de televisão, Plínio tenta reunir as siglas, mas nega que o esforço tenha a intenção de aumentar a inserção. “Não quero tempo de televisão, quero o simbolismo da esquerda unida.”
Empolgado com o Twitter, o socialista de 79 anos se inspira na campanha do presidente americano, Barack Obama, para arrecadar dinheiro pela internet sem precisar recorrer a doações de empresas. A ferramenta é nova, mas o linguajar do pré-candidato remonta à moeda do início do século 20. “Vamos tentar fazer campanha com doação de dez mil réis, quinze mil réis. Obama fez isso e tinha mais dinheiro que todo mundo.”
O pré-candidato do PSOL deixou o PT em 2006, mas não esconde a frustração em ver o partido “sentando à direita do capital”. “Foi a primeira vez que o povo, em 500 anos de história, conseguiu fazer o seu partido. O PT não nasceu em sala acarpetada. A maioria dos petistas é gente muito correta.” Plínio também teve que vencer uma batalha interna no partido para sair candidato, mas afirma que o partido já está cicatrizando as feridas.

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