Caracas, 06 Jul. AVN.- O gasto militar mundial aumentou em 2009 quase 6% apesar da crise econômica global, segundo o Instituto de Estudos da Paz de Estocolmo (Sipri, em sua sigla em inglês).
Analistas dessa instituição asseguraram que enquanto os governos falam de austeridade e a recente cúpula do G20, celebrada em Toronto, Canadá, prometeu reduzir o déficit fiscal à metade em 2013, os investimentos em defesa continuam disparados.
Significaram que no ano passado, os Estados Unidos se confirmaram como o primeiro exportador de armas do mundo e estimaram que em 10 anos a indústria armamentista poderia ser o primeiro produto de exportação nacional.
De acordo com as estatísticas do Sipri, nos países que conformam o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o gasto militar cresceu de forma constante desde 2000.
Precisaram que, em fevereiro deste ano, o presidente estadunidense Barack Obama anunciou que o gasto militar de 2011 seria de 750 bilhões de dólares, 31 bilhões a mais do que em 2010 e quase 100 bilhões a mais do que em 2009.
Segundo o prêmio Nobel de Economía Paul Krugman, o egresso por conceito de defesa e ações bélicas não é só um fardo para a economia, pode servir também como estímulo.
A respeito, recordou que os Estados Unidos saíram da recessão de 1937 graças ao estímulo proprcionado pela Segunda Guerra Mundial.
Cifras divulgadas pelo SIPRI revelam que, em 2004, quase três milhões e meio de estadunidenses tinham empregos vinculados às atividades de defesa, aos quais se somavam outros dois milhões das forças armadas e de seu pessoal civil.
A Europa não escapou a essa tendência ao registrar em 2009 um crescimento do gasto militar de 2,7%, razão pela qual, em meio à crise e às medidas de austeridade, vários países da região anunciaram cortes nesses investimentos.
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