30 de jun. de 2012

Governo Arruda “institucionalizou a corrupção”, diz PGR

O iG teve acesso à denúncia contra os 37 envolvidos; segundo ministério público, apenas cúpula do Governo do Distrito Federal recebeu entre R$ 7 a 10 milhões.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou na denúncia contra os 37 envolvidos no esquema de corrupção no Distrito Federal, conhecido como o Mensalão do DEM, que durante quatro anos o governo José Roberto Arruda e os integrantes do grupo “institucionalizaram a corrupção, que virou a principal marca da gestão do Distrito Federal”. Apenas em 2008 e 2009, o ex-governador José Roberto Arruda, o ex-vice Paulo Octávio e secretários de governo, se apropriaram de aproximadamente R$ 10 milhões de recursos públicos.
 Na denúncia, concluída nesta quinta-feira e encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta sexta-feira, Roberto Gurgel e a subprocuradora-geral da República, Raquel Dodge acusam o grupo de crimes como formação de quadrilha, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
No documento, os procuradores também pedem ao STJ os “benefícios penais” decorrentes de delação premiada para Durval Barbosa, apontado como operador do Mensalão do DEM. O documento sugere também a perda, inclusive com “cassação de aposentadoria”, dos respectivos cargos dos denunciados funcionários públicos e a perda de mandato para quem ocupa cargo eletivo. Um dos 37 denunciados é o conselheiro do Tribunal de Contas do DF, Domingos Lamoglia. O caso está nas mãos do ministro Arnaldo Esteves Lima e transcorre em segredo de Justiça.
Segundo os procuradores, “esta poderosa organização criminosa infiltrou-se na administração pública do Distrito Federal, em detrimento da moralidade administrativa, da gestão do dinheiro público, dando causa a serviços públicos sem qualidade na área de informática, inclusive na área da educação”. “Usaram o dinheiro público para fins privados”, argumentam Roberto Gurgel e Raquel Dodge.
De acordo com a denúncia, o esquema funcionava da seguinte maneira: secretários de Estado reconheciam dívidas de exercícios anteriores por prestação de serviços de empresas de informática, sem indicar o período destas dívidas. O pagamento destes passivos era realizado com recursos públicos provenientes dos orçamentos dos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF). De acordo com a PGR, só a secretaria de planejamento e gestão do GDF autorizou o pagamento de R$ 109 milhões a título de reconhecimento de dívidas.
Destes recursos, fruto de reconhecimento de dívidas do GDF, entre 7% e 10% era desviado por Durval Barbosa. A partir daí era feito um rateio do montante desviado. A divisão era proporcional à importância do cargo ocupado: 40% eram destinados a José Roberto Arruda, então governador, 30% ao então vice, Paulo Octávio, 20% ao Secretário da pasta que reconheceu a dívida e outros 10% ficava à disposição de Arruda, para ser utilizado com a corrupção de parlamentares e representantes de partidos políticos e outras finalidades.
Somente o grupo de deputados distritais recebiam, aproximadamente, R$ 600 mil por mês. Foi graças a esse pagamento, segundo a PGR, que o Governo do Distrito Federal conseguiu a aprovação do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT).
Assim como ocorreu na denúncia do mensalão do PT, o procurador Roberto Gurgel desmembrou a atuação da “quadrilha” em cinco núcleos. O núcleo dirigente, formado por Arruda e Paulo Octávio; o núcleo coordenador e gestor de atos administrativos; o núcleo de arrecadação de propina, o núcleo gestor de apoio político e o núcleo de tarefas gerais.

Confira abaixo os “núcleos” do mensalão do DEM, conforme denúncia da PGR

1. O Núcleo Dirigente, integrado por José Roberto Arruda e Paulo Octávio Alves Pereira, liderava a quadrilha. Seus membros tinham prerrogativas de poderes hierárquicos sobre os demais membros, que a eles se subordinavam, cumprindo ordens e executando tarefas por eles ditadas. Com o auxilio dos membros dos demais núcleos, Arruda e Paulo Octávio definiram o estratagema de dominação da máquina administrativa e seu uso para fins criminosos. Principalmente a partir de 2007, quando assumiram os cargos de Governador e Vice-Governador do DF, fizeram a nomeação e a indicação de membros da quadrilha para ocupar postos chaves para a prática de atos administrativos que visaram garantir as finalidades e objetivos da quadrilha. Dirigiam os três outros núcleos da quadrilha, atribuindo as tarefas de seus membros; controlando seus atos e o modo de dissimulá-los eficientemente; fiscalizando o cumprimento de suas ordens; solicitando de empresas um percentual certo de propina, a ser calculado sobre os pagamentos feitos pelo GDF por prestação de serviços; idealizando e controlando todos os atos administrativos e privados que viabilizaram o pagamento de verbas públicas, sobre cujo valor é calculado o valor da propina; exigindo a entrega para si, às vezes, de sua parte na propina ; e determinando o pagamento de propina para comprar apoio político e econômico no interesse da quadrilha.

2. O Núcleo Coordenador e Gestor dos Atos Administrativos necessários à quadrilha, integrado por José Roberto Arruda, José Geraldo Maciel, Durval Barbosa Rodrigues, Ricardo Pinheiro Penna, Roberto Eduardo Ventura Giffoni, José Luiz da Silva Valente, Fábio Simão, Gibrail Nabih Gebrim, Adailton Barreto Rodrigues, Masaya Kondo, Luiz Cláudio Freire de Souza França, foi responsável pela edição de atos administrativos que dissimularam a atuação da quadrilha e atenderam seus objetivos. A dispensa de licitação e a licitação fraudada atingiram o objetivo de assegurar a contratação de empresas envolvidas no esquema ilícito da quadrilha. O reconhecimento de dívida por prestação de serviços que deveriam ter sido licitados garantiu elevados pagamentos às empresas envolvidas no esquema ilícito da quadrilha. A assinatura destes contratos ou o reconhecimento da dívida dependiam de atos do Secretário de Planejamento Ricardo Pinheiro Penna, do Corregedor Distrital Roberto Giffoni, do Secretário de Estado de cada pasta José Geraldo Maciel, José Luiz da Silva Valente e de funcionários graduados (Gibrail Nabih Gebrim, Adailton Barreto Rodrigues, Masaya Kondo, Luiz Cláudio Freire de Souza França) à qual o serviço era prestado, além da homologação expressa do Governador Arruda. Além disso, os pagamentos feitos a tais empresas eram autorizados, recusados e controlados pelo Secretário da pasta e também diretamente por Arruda e Durval Barbosa. Estes dois, por meio do sistema SIGGO, que registra a emissão da ordem bancária de cada pagamento feito, controlavam a data em que o pagamento era feito à empresa. Deste modo, coordenaram o cálculo do valor e o momento de recebimento da propina solicitada do representante da empresa por Arruda e Paulo Octávio e por ela oferecido a eles, e que era entregue a um dos membros do núcleo de arrecadação de propina.

3. O Núcleo de Arrecadação de Propina e Distribuição entre os Membros da Quadrilha, integrado por Durval Barbosa Rodrigues, Omézio Pontes, Marcelo Toledo, Marcelo Carvalho de Oliveira, Domingos Lamoglia de Sales Dias, Luiz Paulo Costa Sampaio, Fábio Simão, Gibrail Nabih Gebrim, Adailton Barreto Rodrigues, Masaya Kondo, Luiz Cláudio Freire de Souza França, teve a atribuição de receber a propina dos representantes das empresas, no momento mais próximo à data do pagamento da prestação de serviços pelo GDF, no exato valor correspondente ao percentual incidente sobre o valor pago, conforme previamente definido e/ou combinado diretamente pelos líderes Arruda e Paulo Octávio com os representantes das empresas, que ofereciam a propina. Durval Barbosa Rodrigues centralizou todo o esquema de arrecadação de propina, mais intensamente a partir meados de 2007. Controlava rigidamente cada pagamento e o valor da propina correspondente, solicitando de alguém vinculado a cada empresa a oferta e entrega a ele mesmo, em seu local de trabalho. Durval delegou a tarefa de receber esta propina, em alguns casos e ocasiões, a Marcelo Toledo Watson que a entregava a ele ou diretamente a Arruda. Omézio Pontes pegava parte desta propina com Durval Barbosa para si mesmo e para ser entregue a Arruda e a outros membros da quadrilha. Marcelo Carvalho pegava parte desta propina com Durval Barbosa para ser entregue a Paulo Octávio.

4. O Núcleo Gestor de Apoio Político e de Pagamento a Parlamentares e Representantes de Partidos Políticos, integrado por Durval Barbosa Rodrigues (por certo período), José Geraldo Maciel, Omézio Pontes, Domingos Lamoglia e Fábio Simão, teve a atribuição de auxiliar os líderes da quadrilha a conquistar e comprar apoio político, entregar propina a parlamentares e representantes de partidos políticos, oferecida por José Roberto Arruda e Paulo Octávio Pereira, em troca de apoio político e parlamentar. Também atuavam para evitar que parlamentares e representantes de partidos políticos corrompidos por eles fizessem eficiente fiscalização legislativa da atuação administrativa e política do Governador e sua equipe de governo.

5. O Núcleo de Tarefas Gerais era integrado por Marcelo Toledo Watson, Rodrigo Diniz Arantes e Luiz Paulo Costa Sampaio, que auxiliava Arruda e Durval Barbosa Rodrigues, respectivamente. Eles executaram tarefas de transporte de propina arrecadada pela quadrilha, participaram de reuniões dos membros da quadrilha, e cumpriam tarefas gerais de interligação entre seus membros.

FONTE: IG.COM

29 de jun. de 2012

É UMA VERGONHA!!!

Bejani registra candidatura

O ex-prefeito Alberto Bejani (PSL) lançou ontem, durante convenção do partido, seu nome para a disputa por uma cadeira na Câmara Municipal. Ele também deixou claro o propósito de não apoiar abertamente nenhum candidato a prefeito. "Deixo o meu eleitor à vontade para escolher. Não vou me envolver nisso. Permanecerei neutro." Os convencionais do PSL, no entanto, não trataram da questão majoritária no encontro de ontem. Na disputa proporcional, a legenda vai se coligar com o PSDC. A expectativa da composição é de que, com o ex-prefeito no páreo, seja possível emplacar uma bancada com até três vereadores.
O problema de Bejani para seguir na disputa é a entrada em vigor da Lei da Ficha Limpa, que considera inelegível todo político que renunciou para escapar de processo cassação aberto por Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Além de alegar que sua renúncia aconteceu antes de seu mandato ficar ameaçado, o ex-prefeito considerou como "um absurdo" a possibilidade de a lei retroagir. "Como uma lei de 2010 pode retroagir para atingir uma pessoa em 2008?", questionou. Nesse sentido, ele disse que está preparado para brigar por seus direitos na Justiça. "Se contestaram meu pedido de candidatura, estou pronto para recorrer. Estou tranquilo, quem tem que se preocupar são eles." A esposa de Bejani, Vanessa Loçasso, não será candidata.

FONTE: TRIBUNA.COM

28 de jun. de 2012

Paraguaio é barrado em reunião parlamentar do Mercosul

O vice-presidente do Parlasul (Parlamento do Mercosul), Ignacio Mendoza, afirmou ontem que foi impedido de ter acesso a reunião parlamentar paralela à cúpula do Mercosul, que acontece hoje e amanhã na cidade argentina de Mendoza, pelo fato de ser paraguaio.
Mendoza afirmou que havia se credenciado como membro do Parlasul mas que, ao tentar recolher a credencial, recebeu uma comunicação da Chanceleria argentina segundo a qual membros da delegação paraguaia estavam proibidos de participar dos encontros.
O parlamentar diz ainda que tentou argumentar que não era funcionário do governo de Assunção, e sim representante do Parlamento do bloco, mas que não houve conversa.
Mendoza é filiado ao Unace, partido do general Lino Oviedo.
"É injusto, é um despropósito", disse Mendoza. "Sou parlamentar do Mercosul eleito por voto direto; não sou parlamentar paraguaio e muito menos funcionário do governo."
"Se eu soubesse que ia ser assim, não teria vindo", acrescentou.
A Chancelaria não comentou o caso.
O Paraguai está suspenso do Mercosul desde que um rápido processo de impeachment depôs o então presidente Fernando Lugo.

FONTE; FOLHA.COM

27 de jun. de 2012

Laerte Braga sai candidato pelo PCB

Um projeto de conscientização, sem grandes ambições eleitorais. Com este pensamento, o braço juiz-forano do PCB lançou uma chapa pura para as eleições majoritárias deste ano. O jornalista Laerte Braga, 68 anos, será o candidato a prefeito do Partidão no pleito que acontece no próximo dia 7 de outubro. O professor Rubens Ragone foi o indicado como vice-prefeito na composição comunista. A legenda também figurará na corrida por uma das 19 cadeiras da Câmara, com a confirmação da candidatura do servidor público Luiz Carlos Torres (Kaizim). Os nomes foram anunciados durante convenção realizada nesta terça-feira (26)à noite, na sede do Sindicato dos Professores (Sinpro), no Centro.
"O PCB não é um partido eleitoreiro. É revolucionário. Temos conhecimento de todos os obstáculos que são enfrentados na cidade, no país e no mundo. Por isso, neste momento, o partido se volta para o processo eleitoral que é visto como uma oportunidade de informar e conscientizar a população da cidade, que é a realidade imediata de todo cidadão, de que o socialismo é a única alternativa para acabar com a barbárie instaurada pelo sistema capitalista", afirma o candidato a prefeito.
Quinto nome confirmado na disputa pela Prefeitura, Laerte deve ser a última novidade do processo eleitoral que já tem a presença confirmada do prefeito Custódio Mattos (PSDB, candidato à reeleição), do deputado estadual Bruno Siqueira (PMDB) e das professoras Margarida Salomão (PT) e Victória Mello (PSTU). Em seu histórico político, o candidato a prefeito pelo PCB destacou a disputa por uma vaga no Legislativo da cidade na década de 60, quando acabou terminando como suplente, e a militância constante em movimentos populares.

FONTE: TRIBUNA.COM

23 de jun. de 2012

CONVENÇÃO DO PSOL JUIZ DE FORA

A convenção do PSOL JF confirmou, nesta tarde, os nomes dos companheiros Waldir Giacomo, como candidato a vice-prefeito, Nauru Mendes e Álvaro Lobo, como candidatos a vereadores. Também aprovada, por unanimidade, a coligação PSOL/PSTU. A convenção contou com a presença da futura prefeita de Juiz de Fora, a companheira Vic.
Os candidatos a prefeita e vice-prefeito, Vic e Waldir, da coligação PSOL/PSTU.


21 de jun. de 2012

20 de jun. de 2012

19 de jun. de 2012

A ausência de uma nova narrativa na Rio+20

O vazio básico do documento da ONU para a Rio+20 reside numa completa ausência de uma nova narrativa ou de uma nova cosmologia que poderia garantir a esperança de um "futuro que queremos" lema do grande encontro. Assim como está, nega qualquer futuro promissor.
Para seus formuladores, o futuro depende da economia, pouco importa o adjetivo que se lhe agregue: sustentável ou verde. Especialmente a economia verde opera o grande assalto ao último reduto da natureza: transformar em mercadoria e colocar preço àquilo que é comum, natural, vital e insubstituível para a vida como a água, solos, fertilidade, florestas, genes etc. O que pertence à vida é sagrado e não pode ir para o mercado dos negócios. Mas está indo, sob o imperativo categórico: apropia-te de tudo, faça comércio com tudo , especialmente com a natureza e com seus bens e serviços.
Eis aqui o supremo egocentrismo e a arrogância dos seres humanos, chamado também de antropocentrismo. Estes veem a Terra como um armazém de recursos só para eles, sem se dar conta de que não somos os únicos a habitar a Terra nem somos seus proprietários; não nos sentimos parte da natureza, mas fora e acima dela como seus "mestres e donos". Esquecemos, entretanto, que existe toda a comunidade de vida visível (5% da biosfera) e os quintilhões de quintilhões de microrganismos invisíveis (95%) que garantem a vitalidade e fecundidade da Terra. Todos estes pertencem ao condomínio Terra e têm direito de viver e conviver conosco. Sem as relações de interdependência com eles, sequer poderíamos existir. O documento desconsidera tudo isso. Podemos então dizer: Com ele não há salvação. Ele abre o caminho para o abismo. Enquanto tivermos tempo, urge evitá-lo.
Tal vazio se deriva da velha narrativa ou cosmologia. Por narrativa ou cosmologia entendemos a visão do mundo que subjaz às idéias, às práticas, aos hábitos e aos sonhos de uma sociedade. Por ela se procura explicar a origem, a evolução e o propósito do universo, da história e o lugar do ser humano.
A nossa atual é a narrativa ou a cosmologia da conquista do mundo em vista do progresso e do crescimento ilimitado. Caracteriza-se por ser mecanicista, determinística, atomística e reducionista. Por força desta narrativa 20% da população mundial controla e consome 80% de todos os recursos naturais; metade das grandes florestas foram destruídas, 65% das terras agricultáveis, perdidas, cerca de 27 a cem mil espécies de seres vivos desaparecem por ano (Wilson) e mais de mil agentes químicos sintéticos, a maioria tóxicos, são lançados na natureza. Construímos armas de destruição em massa, capazes de eliminar toda vida humana. O efeito final é o desequilíbrio do sistema-Terra que se expressa pelo aquecimento global. Com os gases já acumulados, até 2035 fatalmente se chegará a 3-4 graus Celsius, o que tornará a vida, assim como a conhecemos praticamente impossível.
A atual crise econômico-financeira que mergulha nações inteiras na miséria nos fazem perder a percepção do risco e conspiram contra qualquer mudança necessária de rumo.
Em contraposição, surge a narrativa ou a cosmologia do cuidado e da responsabilidade universal, potencialmente salvadora. Ela ganhou sua melhor expressão na Carta da Terra. Situa nossa realidade dentro da cosmogênese, aquele imenso processo de evolução que se iniciou há 13,7 bilhões de anos. O universo está continuamente se expandindo, se auto-organizando e se autocriando. Nele tudo é relação em redes e nada existe fora desta relação. Por isso todos os seres são interdependentes e colaboram entre si para garantirem o equilíbrio de todos os fatores. Missão humana reside em cuidar e manter essa harmonia sinfônica. Precisamos produzir, não para a acumulação e enriquecimento privado mas para o suficiente e decente para todos, respeitando os limites e ciclos da natureza.
Por detrás de todos os seres atua a Energia de fundo que deu origem e sustenta o universo permitindo emergências novas. A mais espetacular delas é a Terra viva e os humanos como a porção consciente dela, com a missão de cuidá-la e de responsabilizar-se por ela.
Esta nova narrativa garante "o futuro que queremos". Do contrário seremos empurrados fatalmente ao caos coletivo com consequências funestas. Ela se revela inspiradora. Ao invés de fazer negócios com a natureza, nos colocamos no seio dela em profunda sintonia e sinergia, respeitando seus limites e buscando o "bem viver" que é a harmonia entre todos e com a mãe Terra. Característica desta nova cosmologia é o cuidado no lugar da dominação, o reconhecimento do valor intrínseco de cada ser e não sua mera utilização humana, o respeito por toda a vida e dos direitos da natureza e não sua exploração e a articulação da justiça ecológica com a social.
Esta narrativa está mais de acordo com as reais necessidades humanas e com a lógica do próprio universo. Se o documento Rio+20 a adotasse, como pano de fundo, criar-se-ia a oportunidade de uma civilização planetária na qual o cuidado, a cooperação, o amor, o respeito, a alegria e espiritualidade ganhariam centralidade. Tal opção apontaria, não para o abismo, mas para o "o futuro que queremos": uma biocivilização da boa esperança.
Leonardo Boff é teólogo

FONTE: FUNDAÇÃO LAURO CAMPOS

Texto da Rio+20 é aprovado em plenária; UE vê 'acordo possível'

O texto final da Rio +20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, acaba de ser aprovado na plenária da conferência, entre palmas e vaias.
Até mesmo a União Europeia, principal derrotada pela proposta apresentada pelo Brasil, elogiou a atuação do país-sede na negociação do que eles chamaram de acordo possível.
Durante as negociações, o Brasil e a UE entraram em choque por causa do documento. A UE havia considerado a primeira versão do documento escrito pelo Brasil fraca e desequilibrada, pendendo demais para erradicação da pobreza e de menos para o pilar ambiental do desenvolvimento sustentável.
Para chegar à versão atual, foram cerca de 14 horas de reuniões que avançaram a madrugada. Antes, a delegação europeia havia sinalizado que queria estender as discussões até quarta-feira, data em que começa para valer a definição de itens a ser acordados pelos chefes de Estado e de governo que começam chegar à capital fluminense.
Ambientalistas presentes ao Riocentro, onde foi realizada a plenária, classificaram de "fracasso colossal" o rascunho final do texto da Rio +20.
"Os diplomatas no Rio decepcionam o mundo", afirmou Jim Leape, diretor-geral do WWF. Segundo ele, faltou visão e liderança aos diplomatas. "Eles deveriam ter vergonha de sua incapacidade de encontrar consenso em um tema tão crucial."
O texto brasileiro apenas reafirma os compromissos firmados 20 anos atrás, na Eco-92, mas não faz avanços significativos na agenda de desenvolvimento sustentável, à exceção do acordo em torno de lançar Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, criticaram.
O texto sobre oceanos, que o Brasil esperava ver como um dos principais resultados da conferência do Rio, foi piorado em relação à versão anterior do documento, afirma Matthew Gianni, da ONG High Seas Alliance.
MADRUGADA
O coordenador brasileiro da Rio+20, Luiz Figueiredo, insistiu em que o texto seria fechado na noite de segunda-feira (18) e convocou uma plenária às 23h para apresentá-lo. Às 2h18, o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota; o secretário-executivo da conferência, Sha Zukang, e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, convocaram os diplomatas que esperavam havia três horas no salão do Pavilhão 3 do Riocentro para comunicar-lhes que o texto estava pronto --mas que só seria apresentado na manhã de hoje.
Mais cedo, Figueiredo havia reafirmado a decisão do Brasil de não esticar a conversa: "Isso foi abundantemente informado pelo país anfitrião muitas vezes na primeira plenária [domingo à noite], e é isso que vamos fazer. Vamos fechar e aprovar o documento esta noite."
Não aconteceu. A plenária de apresentação do texto foi adiada primeiro para meia-noite, depois indefinidamente, enquanto negociadores americanos riam da confusão e ministros europeus aguardavam comendo biscoitos no sofá e se queixando a jornalistas brasileiros sobre o mistério que cercava o documento.
A imprensa, aliás, foi um capítulo à parte dos acontecimentos da madrugada. Ao perceber a grande quantidade de jornalistas dentro da sala da plenária às 23h, a assessoria de imprensa do Itamaraty anunciou repentinamente uma mudança de sala. O objetivo era filtrar repórteres.
No tumulto formado por delegados correndo de um lado para o outro, porém, a imprensa acabou entrando também na outra sala. A "peneira", então, passou a ser "manual": diplomatas brasileiros fizeram uma varredura na sala da plenária, apontando os penetras aos seguranças da ONU, que convidaram-nos a se retirar.
Com o atraso na entrega do texto, porém, os delegados acabaram saindo logo depois dos jornalistas. A UE aproveitou para improvisar uma entrevista coletiva com suas principais autoridades, o comissário do Ambiente, Janez Potocnik, e a ministra do Ambiente da Dinamarca, Ida Auken, observada de longe por diplomatas brasileiros.
Eles rebateram sugestões dos países desenvolvidos de que estariam atrapalhando a discussão sobre finanças no texto e disseram que tempo de negociação não era o problema --e sim o nível de ambição do texto.
"O tempo nunca foi limitante para nós. Nós realmente achamos que 50 mil pessoas se juntaram aqui [no Rio] para fazer algo que mudaria o mundo. É com isso que temos de concordar", afirmou Potocnik. "Se pudermos fechar o texto em uma hora, ótimo. Senão, tudo bem. O que importa é substância."
Questionada pela Folha se ainda defendia que o texto fosse levado a ministros para decisão, Auken afirmou: "Depende do quanto o nível de ambição for elevado aqui".

FONTE: FOLHA.COM

Chávez tem vantagem de 16 pontos sobre rival, diz pesquisa

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tem 16 pontos percentuais de vantagem sobre o oposicionista Henrique Capriles, segundo uma nova pesquisa para a eleição presidencial de outubro.
O respeitado instituto Datanalisis aponta 43,6% para Chávez e 27,7% para Capriles, candidato único da oposição, segundo uma pessoa que teve acesso à pesquisa.
Essa fonte disse que o número de indecisos caiu ligeiramente em maio, mas permanece em substanciais 28,7%, o que significa que o pleito está em aberto. O Datanalisis não respondeu imediatamente a um pedido para comentar as cifras.
Chávez, 57, está no poder desde 1999, e mantém popularidade elevada por causa dos seus programas sociais e do seu carisma. Atualmente, ele se trata de um câncer de natureza não revelada.
Analistas dizem que o mistério em torno da sua saúde pode contribuir para a volatilidade da disputa. O presidente tem evitado aparições públicas, mas garante estar se recuperando bem e promete derrotar o rival em 7 de outubro.
Capriles, 39, tem atraído multidões nos seus eventos de campanha, e espera que sua imagem de energia e jovialidade estabeleça um contraponto com Chávez.
PESQUISAS
Capriles diz que as pesquisas estão manipuladas, e que sua campanha nacional 'casa a casa' está ganhando fôlego, deixando-o em condições de derrotar o presidente socialista. Ele propõe substituir as políticas chavistas radicais e estatizantes por uma 'esquerda moderna' de inspiração brasileira.
Pela pesquisa Datanalisis, Capriles subiu 2 pontos percentuais desde a pesquisa anterior, e Chávez cresceu 0,7%.
Outra pesquisa da terça-feira, do instituto Gis 21, dirigido por um ex-ministro de Chávez, deu 57,8 por cento ao atual presidente, contra 23% do rival.
Na segunda-feira, os dois candidatos trocaram farpas a respeito da possibilidade de um debate pela televisão. Chávez disse que ficaria "envergonhado" de confrontar uma "não-entidade" como Capriles, que por sua vez acusou o presidente de ter mais talento para o insulto do que para o debate.

FONTE: FOLHA.COM

17 de jun. de 2012

Anciões indígenas mandam vibrações positivas para os chefes de Estado

Ao se reunirem nos próximos dias no Riocentro, o coração da Rio+20, os mais de cem chefes de Estado deverão receber vibrações positivas emitidas lá de perto.
Virão de onze chefes indígenas reunidos no Encontro dos Anciões, evento organizado pela Aldeia Nova Terra, um movimento formado por "ativistas ambientais e espirituais".
Phil Lane Jr. é integrante de uma tribo Sioux do antigo território Dakota, na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá. Desde terça-feira, Phil, 68, está hospedado em um sítio em Vargem Pequena (zona oeste do Rio).
O traje usado por Phil remete às cenas de cinema. Os índios Sioux foram retratados, por exemplo, no filme Dança com Lobos (1990), a história de um tenente do exército que acaba convertido a membro da tribo.
Além da indumentária característica, as celebrações incluem canções e rituais de vários povos indígenas.
Na programação, há palestras direcionadas à juventude, que, aliás, costuma acampar no mesmo sítio.
Em seu discurso, Phil ressalta que o conceito de sustentabilidade é algo ainda distante e que existe uma saída pelo caminho espiritual. "O mundo hoje está viciado na cultura do consumo, e isso não é algo sustentável. Quando a economia global entrar em colapso todos vão sofrer. E a dor de um é a dor de todos", disse o líder Sioux, que aposta em uma solução.
Líder de uma tribo da região central do Canadá, David Coucherne, 62, acha que a humanidade está dormindo. "Mas essa celebração vai revelar, aos que abrirem seus corações, o propósito pelo qual estamos aqui."
No dia 20, os chefes indígenas pretendem invocar os espíritos durante o amanhecer, para comemorar o poder do sol.

FONTE: FOLHA.COM

MOVIMENTO XINGU VIVO

O Movimento Xingu Vivo negou neste domingo (17) ter participado da invasão do escritório central do canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte (no oeste do Pará), realizado no sábado (16).
Na invasão, liderada por índios, foram quebrados materiais de escritório como computadores, mesas e cadeiras, afirmou o CCBM (Consórcio Construtor de Belo Monte).
A assessoria do Xingu Vivo disse que "nenhum integrante do movimento participou do ato" e que todas as ações do movimento são "pacíficas".
O Xingu Vivo é o principal opositor da construção da hidrelétrica. O movimento organizou, da última quarta-feira (13) até este domingo (17), a conferência Xingu +23, na região das obras de Belo Monte, em Vitória do Xingu (a 945 km de Belém).
Houve debates sobre os impactos da hidrelétrica para a região, com presença de índios de diversos locais.
De acordo com o Xingu Vivo, os índios que invadiram o escritório relataram terem ficado "revoltados" com as futuras consequências da hidrelétrica.
O movimento afirmou não ter "nenhum tipo de poder para impedi-los".
Ainda ontem, o consórcio registrou boletim de ocorrência sobre a invasão afirmou que "tomará as medidas cabíveis na Justiça".

FONTE: FOLHA.COM

Filiação partidária cresce 8,5%

PRB, de Carlos Bonifácio, teve o maior crescimento proporcional; PCO deixou de ter representação local, enquanto PSD e PPL ingressaram no cenário político.

A representação dos partidos políticos em Juiz de Fora teve um crescimento considerável entre as últimas eleições municipais, em 2008, e o pleito do próximo dia 7 de outubro. Em números absolutos, as legendas em atividade somaram 2.857 filiados no período. A variação foi de 8,54%, chegando ao total a 36.279 eleitores. Com base nos números do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), cerca de 7% dos 516.247 residentes na cidade possuem vínculo com algum grupo político.
Os números, entretanto, estão abaixo dos observados nos cenários estadual e nacional. Nos últimos quatro anos, o número de filiados em Minas Gerais aumentou 17% e chegou a aproximadamente 1,6 milhão de pessoas, o que representa 8,21% dos cidadãos mineiros. Em todo o Brasil, o salto foi de 21%, o que significa uma participação partidária de 7,9% da população brasileira, com 15 milhões de eleitores filiados a algum partido político.
Em Juiz de Fora, o PRB apresentou o maior crescimento proporcional, aumentando suas fileiras em mais de cinco vezes. A legenda que tem como principal referência na cidade o vereador Carlos Bonifácio, presidente da Câmara, angariou 358 novos membros, saltando de 67 filiados, em 2008, para 425, em 2012.
Em números absolutos, o PT foi o partido com o maior crescimento, com 1.294 filiados a mais. A legenda que tem como pré-candidata à Prefeitura a professora Margarida Salomão, além dos vereadores Flávio Cheker, Roberto Cupolillo (Betão) e Wanderson Castelar, cresceu sua participação na cidade em 74%, chegando a 3.057 membros.
Entre os que prometem encabeçar uma chapa na corrida pela Prefeitura, além do PT, os tucanos foram os que tiveram a menor variação proporcional. Com 50 filiados a mais, o partido do prefeito Custódio Mattos, que deve buscar a reeleição, e dos vereadores José Laerte e Rodrigo Mattos, cresceu apenas 2,94% no período.
Acréscimo
O PMDB do pré-candidato à PJF e deputado estadual Bruno Siqueira e dos vereadores Francisco Canalli, José Sóter Figueirôa e Júlio Gasparette, contou com o acréscimo de 205 filiados, aumentando em 6,9% sua participação. O PSTU, da professora e pré-candidata Victória de Fátima Mello, dobrou número de correligionários na cidade, chegando a 32. Variação semelhante à do PCB, que promete ter candidatura própria, mas ainda não definiu um nome, que saltou 13 para 27 filiados.
Apesar de registrar variação negativa e ter diminuído sua participação na cidade em 10,7%, o PP permanece como líder no número de filiados no município e arregimenta 4.478 correligionários. Entre as lideranças do partido estão os vereadores Chico Evangelista e Tico-Tico. Em seguida, aparecem o PTB, com 4.471, e o PSC, dos vereadores José Emanuel e Noraldino Júnior, com 4.220.
O hiato de quatro anos que separam os dois pleitos também foi o responsável pela extinção e o surgimento de algumas siglas. O PCO, que contava com um filiado na cidade em 2008, não possui mais representatividade local. Por outro lado, o PSD, com sete correligionários, e o PPL, com 32, ingressaram no cenário político local no mesmo período. As duas legendas, entretanto, já possuíam membros em Juiz de Fora no pleito de 2010, que elegeram presidente, governadores, senadores, e deputados federais, estaduais e distritais.

FONTE: TRIBUNA.COM

15 de jun. de 2012

REUNIÃO...

REUNIÃO DO PSOL JUIZ DE FORA AMANHÃ, NA CÂMARA DE VEREADORES, A PARTIR DAS 14H.
PARTICIPE E TRAGA AS SUAS IDÉIAS. VENHA DEBATER O SOCIALISMO.

Polícia detém 26 alunos da Unifesp em Guarulhos, São Paulo

Segundo a PM, os alunos estavam pichando a universidade


A Polícia Militar deteve 26 alunos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Guarulhos, na noite desta quinta-feira, após uma assembleia estudantil.
O grupo foi conduzido até a Superintendência da Polícia Federal, na Lapa, zona oeste da capital, para prestar depoimento. Durante a ação policial, uma estudante detida sofreu um ferimento na perna e foi levada ao pronto-socorro.
A PM diz que foi acionada pela diretoria acadêmica porque os estudantes estavam depredando e pichando o câmpus. Alunos ouvidos pela reportagem negam e dizem que o quebra-quebra só começou após os policiais prenderem uma colega.
Houve confronto e, de acordo com os universitários, a polícia utilizou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.
"Foi uma ação extremamente violenta", afirma uma estudante, que preferiu não se identificar. "Os presos foram revistados na parte de trás do prédio, um lugar escuro. E os policiais esconderam a identificação." A estudante ferida deu entrada na Policlínica Alvorada, em Guarulhos.
Segundo uma funcionária do estabelecimento, a garota disse que uma bomba estourou perto dela. A aluna não deixou ninguém tocar na lesão, porque queria fazer exame de corpo de delito. Ela foi liberada e saiu acompanhada de policiais para depor à PF.
De acordo com um universitário, após a assembleia os estudantes se concentraram em frente à sala do diretor acadêmico, Marcos Cezar de Freitas, para fazer um "ato pacífico". Freitas teria se sentido acuado e chamou os policiais.
"A PM já chegou nos acuando. Quando prenderam uma menina, dando uma chave de braço, o pessoal se revoltou e aconteceu o confronto e o quebra-quebra." Todos os 26 detidos terão de depor na PF. Os policiais também deverão ser ouvidos.
O trabalho ocorre nesta madrugada e a PF fará uma perícia na Unifesp, para avaliar o dano causado ao patrimônio.

FONTE: IG.COM

14 de jun. de 2012

Servidores do sistema de saúde estadual entram em greve

Apenas 30% dos funcionários do Hemominas e Hospital João Penido deverão permanecer em atividade

Os trabalhadores do sistema de saúde de Minas Gerais estão em greve por tempo indeterminado. Em Juiz de Fora, a mobilização deve afetar o funcionamento do Hospital Regional Doutor João Penido e do Hemominas. Na manhã desta quinta-feira (14), primeiro dia do movimento, as duas unidades funcionaram com escala mínima, mantendo 30% do quadro de funcionários em atividade, conforme prevê a legislação.
Durante a manhã, a categoria realizou um ato com faixas, cartazes e panfletos em frente ao Hemominas, no cruzamento da Rua Barão de Cataguases e Avenida dos Andradas. Em seguida, seguiram em meia pista pela Avenida Rio Branco até a Rua Halfeld, onde a manifestação teve continuidade. Além de reajuste salarial, os servidores reivindicam o pagamento de direitos trabalhistas, como adicionais noturno e de insalubridade, redução da jornada de trabalho, e melhores condições de trabalho.

FONTE: TRIBUNA.COM

13 de jun. de 2012

EM JUIZ DE FORA: Professores acionam MP contra chefe do Executivo

A queda de braço entre o magistério municipal e a Prefeitura nas negociações da campanha salarial 2012 ganhou novo pano de fundo ontem, quando o Sindicato dos Professores (Sinpro) protocolou duas petições no Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Os documentos solicitam a instauração de uma ação de improbidade administrativa contra a gestão do prefeito Custódio Mattos (PSDB). Segundo a assessoria jurídica do Sinpro, o requerimento se justifica pelo descumprimento de alguns itens da Lei do Piso. Entre eles, o que determina que um terço da carga horária da categoria seja cumprido em atividades extraclasses. Na jornada atual, somente um quarto das 20 horas semanais é destinado às funções fora de sala. Os pedidos foram registrados nos gabinetes do promotores Plínio Lacerda Martins e Paulo César Ramalho.
"O prefeito não cumpre a lei e isso já foi admitido publicamente por representantes da Prefeitura. A legislação está aí. Queremos discutir sua aplicação", afirma o coordenador-geral do Sinpro, Flávio Bitarello. Por meio de sua assessoria, a Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH) reiterou que o intuito do sindicato em solicitar a ação não configura um fato novo e aguarda os desdobramento de uma reunião entre as partes, agendada para amanhã, e um posicionamento oficial do Ministério Público.
No início da tarde, os professores, que paralisaram suas atividades ontem, realizaram assembleia no Pró-Música e definiram um calendário de mobilizações. No dia 21, as escolas da região de Benfica terão redução de jornada nos dois turnos. O mesmo acontece no Manoel Honório e adjacências, no dia 26. Nova assembleia está programada para o dia 28, com possibilidade de paralisação. Após o encontro, os servidores tomaram uma das pistas da Avenida Rio Branco e marcharam em direção ao Ministério Público, na Rua Santo Antônio.Na avaliação do Sinpro, 85% dos docentes cruzaram os braços. Para a PJF, a adesão foi de 75%.

FONTE; TRIBUNA.COM

Chávez anuncia visita de Ahmadinejad a Venezuela após Rio+20

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou nesta quarta-feira que receberá a visita do mandatário do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, após a participação do mandatário iraniano na cúpula Rio+20. O venezuelano disse que a visita é "para seguir avançando em sua aliança binacional para a paz".
"Em breve vem nos visitar o presidente [de Belarus, Alexsander] Lukashenko, e também o presidente do Irã, Ahmadinejad", disse Chávez em um ato do comando militar transmitido em cadeia obrigatória de rádio e televisão.
Chávez indicou recentemente que Aleksander Lukashenko visitaria o país em 26 de junho, mas não especificou a data da chegada do iraniano, embora, garantiu que será depois da realização no Brasil da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20.
"Eles vêm a Rio e querem passar por aqui para nos visitar, para nos cumprimentar e seguir avançando nos projetos, nas alianças, todas para a paz", destacou o venezuelano.
ÚLTIMO ENCONTRO
O último encontro entre Chávez e Ahmadinejad ocorreu em 9 de janeiro, no início de uma viagem que levou o presidente iraniano pela América Latina. Na ocasião, a comunidade internacional aumentou a pressão contra Teerã por causa de seu programa nuclear.
Durante a visita, a quinta de Ahmadinejad a Caracas, os líderes prometeram amizade "para sempre" e reafirmaram sua aliança para "frear a loucura imperialista".
Essa visita permitiu realizar o encontro adiado em setembro do ano passado, quando o líder iraniano suspendeu uma viagem à Venezuela devido à recuperação de Chávez, que em junho passado foi operado de um tumor canceroso.
Venezuela é um dos principais aliados do Irã na América e os laços bilaterais foram se estreitando desde que Ahmadinejad chegou ao poder em 2005. Neste momento, os dois países têm programas de cooperação em setores como energia, habitação, automóvel, alimentar e tecnológico.

FONTE: FOLHA.COM

10 de jun. de 2012

Servidores da UFJF entram em greve

Os trabalhadores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realizam assembleia para deflagrar seu movimento grevista amanhã, às 9h, no anfiteatro das Pró-Reitorias, no Campus. No último dia 30 de maio, os servidores juiz-foranos aprovaram o indicativo de greve, que foi referendado por unanimidade na plenária nacional da categoria, realizada em Brasília, nos dias 3 e 4 deste mês.
Os técnico-administrativos reivindicam reajustes em seus vencimentos e o estabelecimento de uma nova política salarial, com a definição de uma nova data-base para a categoria. A intenção de que o piso dos servidores alcance três salários mínimos e que a variação entre cada degrau de seus planos de carreira seja de 5%. A pauta também pleiteia a racionalização dos cargos, o reposicionamento de aposentados e a extensão do incentivo à qualificação à todos os trabalhadores.
Na última semana, cerca de 50 técnico-administrativos em educação da UFJF foram a Brasília para a marcha nacional de diversas categorias do serviço público federal. Com o tema "Por servidores valorizados e serviços públicos de qualidade", o grupo realizou uma série de atos na Esplanada dos Ministérios. Na ocasião, foi feito um alerta ao Governo federal quanto ao término do prazo para apresentação de proposta de reajuste para o conjunto dos servidores encerrado no dia 30 de maio de 2012.
Os professores da rede federal de ensino da cidade já estão em greve há 21 dias.

FONTE: TRIBUNA.COM

9 de jun. de 2012

NEM ELES SE ENTENDEM...

'Tarcisistas' recorrem à Justiça

Grupo ligado ao ex-prefeito Tarcísio Delgado pede cancelamento do edital e novo prazo para inscrição de propostas alternativas à candidatura própria

A ala do PMDB de Juiz de Fora favorável a uma composição com o PT recorreu à Justiça Eleitoral, no final da tarde de ontem, para tentar impedir a realização da convenção do partido marcada para amanhã. A ação ordinária com pedido de tutela antecipada, assinada pelo ex-prefeito Tarcísio Delgado, o ex-vice-prefeito João César Novaes, e pelos dirigentes da sigla, Luiz Carlos de Carvalho e Tânia Alves, pede a nulidade do edital e o cancelamento da reunião dos convencionais com abertura de novo prazo para inscrição de propostas alternativas à candidatura própria encabeçada pelo deputado estadual Bruno Siqueira. Enquanto aguardavam a manifestação do juiz Mauro Francisco Pitelli, prometida ainda para a noite de ontem, os "tarcisistas" reuniram-se no sítio do ex-prefeito no Distrito de Torreões.
Os advogados Marcos Facio e Laudo Natel alegam que, conforme a Resolução 23.373 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), "em caso de omissão do estatuto sobre normas para escolha e substituição dos candidatos e para a formação de coligações, caberá ao órgão de direção nacional do partido político estabelecê-las". Partindo desse entendimento, eles pedem a desqualificação da cartilha publicada pela direção estadual da legenda que serviu como base para elaboração do edital para convenção do diretório peemedebista de Juiz de Fora. O documento preparado pelo PMDB de Minas estabelece prazo de oito dias anteriores à convenção para inscrição de candidatos. O período é o mesmo usado nas eleições internas da legenda para escolha de seus dirigentes.
O fato de o edital ter sido lançado muito próximo do início do prazo para inscrição de candidatos também foi questionado na ação. Para os advogados, princípios constitucionais de publicidade foram afrontados. Eles também anexaram ao procedimento atas de convenções do PMDB de outras eleições municipais para mostrar se tradição manter as discussões em aberto até o limite do prazo para definições. Por fim, os "tarcisistas" alegam que o fato de recorrerem à Justiça não implica em interferência nos assuntos internos do partido, mas na busca por condições de igualdade às opiniões divergentes. Para eles, o adiamento da convenção não implica em nenhum prejuízo devido ao longo período ainda possível para sua realização.
Na avaliação dos peemedebistas favoráveis à candidatura a prefeito de Bruno Siqueira, a ação impetrada na tarde de ontem era esperada. Tão logo os advogados do grupo "tarcisista" deixaram o cartório eleitoral, o vice-presidente municipal do PMDB, Paulo Gutierrez, esteve no local acompanhado de um advogado. Eles foram orientados a aguardar pela decisão do magistrado. Caso o pedido de tutela seja acatado, a ordem é tentar reverter a decisão e manter a convenção para amanhã. Desde ontem, os advogados do PMDB em Juiz de Fora e em Belo Horizonte estão de sobreaviso. A avaliação do grupo é de que, mesmo com o desgaste momentâneo por conta da cisão interna, a candidatura de Bruno permanece como única opção viável para o PMDB. Em último caso, os peemedebistas favoráveis à candidatura própria prometem ir para o embate contra a proposta de aliança.

FONTE: TRIBUNA.COM

Eurogrupo convoca teleconferência urgente sobre resgate à Espanha

Os ministros de Economia e Finanças da zona do euro celebrarão a partir das 11h (horário de Brasília) deste sábado uma teleconferência urgente sobre o possível resgate europeu ao sistema bancário espanhol, confirmou o porta-voz do presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.
A Espanha por enquanto não formalizou seu pedido de ajuda à Europa, que poderia acontecer em qualquer momento depois da noite de ontem, quando foi antecipada a publicação do relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) sobre a situação do sistema financeiro espanhol.
A Comissão Europeia aconselhará Madri a aguardar até conhecer as necessidades exatas de seus bancos antes de formular qualquer pedido de auxílio, apesar de ter reiterado o tempo todo que a decisão sobre o momento de fazer isso depende exclusivamente do Executivo de Mariano Rajoy.
Apesar de ainda haver auditorias em andamento sobre a situação dos bancos na Espanha, o governo acredita que todas seguirão a mesma linha do relatório do FMI, pelo que somente esse documento já serviria como base para formular a solicitação.
FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta sexta-feira (8) sua avaliação inicial sobre as necessidades do setor financeiro na Espanha e apontou que as entidades mais fracas necessitam aumentar suas reservas de capital "em cerca de € 40 bilhões" (R$ 104 bilhões).
A avaliação do FMI, divulgada dois dias antes do previsto, explica que "o núcleo do setor financeiro espanhol está bem administrado e resistiria a novos choques, mas ainda existem grandes vulnerabilidades no sistema".
O exame do FMI "não teve por objetivo estabelecer um número definitivo para as necessidades de capital, mas detectar deficiências críticas em alguns segmentos e instituições determinadas", disse o comunicado da instituição.
"Num cenário desfavorável, os maiores bancos estariam suficientemente capitalizados para resistir a novas deteriorações, enquanto que vários bancos necessitariam aumentar suas reservas de capital em cerca de 40 bilhões em termos agregados".
INJEÇÃO
Mais cedo, o Ministério de Economia da Espanha informou que os bancos passarão por uma terceira rodada de injeções de capital quando terminarem as análises que estão sendo realizadas de forma independente sobre suas finanças.
Segundo a pasta, o Banco da Espanha (o banco central do país) vai analisar o resultado dos trabalhos das consultoras e auditoras contratadas para calcular a ajuda adicional que os bancos do país precisam, para depois exigir seus saneamentos.
Os números finais serão anunciados no dia 31 de julho. Ainda hoje, a Comissão Europeia recomendou à Espanha que espere a divulgação dos resultados dessas auditorias antes de solicitar um resgate à União Europeia.

FONTE: FOLHA.COM

8 de jun. de 2012

Crise de saúde de Chávez completa um ano e força Venezuela a buscar sucessor

Há um ano, a doença de Hugo Chávez lembrou ao mundo que o presidente venezuelano não é imortal. Depois de se submeter em Cuba a uma cirurgia de emergência para retirar um abscesso pélvico em 10 de junho de 2011, Chávez veio a público em 30 de junho para admitir que sofria de um câncer que, desde então, mergulhou a Venezuela em incerteza, principalmente depois do retorno do tumor neste ano.
No ano passado, os venezuelanos se deram conta de que o governo Chávez tem data para acabar não apenas pela decisão das urnas, mas também pela deterioração de seu estado de saúde, o que os forçou a pensar em um nome para substituí-lo. A sucessão presidencial, até então um assunto impensável, atualmente é tema vital em um país que desconhece o verdadeiro estado de saúde do mandatário – ou mesmo se ele será capaz de disputar as eleições de 7 de outubro.
“O governo não trata o tema de forma transparente”, disse ao iG Luis Lander, professor titular da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Central da Venezuela (UCV). “A sucessão de Chávez não é discutida publicamente. Tudo que se limitam a dizer é que o candidato do governo será o presidente Chávez e não há outra opção, ainda que seja absolutamente inegável que sua saúde está cada vez mais deteriorada.”
No artigo “Venezuela entre Incertezas e Surpresas”, a historiadora venezuelana Margarita López Maya lembrou que “os venezuelanos sabemos o que Chávez, possivelmente assessorado pelo governo cubano, considera que devemos saber sobre sua doença”. Assim, a falta de transparência faz com que as especulações em torno do tema sejam infinitas.
Ainda que a Constituição venezuelana estabeleça que na ausência do presidente o vice é quem deve assumir, com alguns apontando que o vice Elías Jaua sucederia a Chávez no Executivo, especialistas apontam outros quatro possíveis nomes para suceder ao líder que se intitula bolivariano: o chanceler Nicolás Maduro; o presidente da Assembleia Nacional Diosdado Cabello; o irmão do presidente e governador do Estado de Barinas, Adán Chávez; e até mesmo a filha mais velha do presidente, Rosa Virgínia Chávez.
No início de maio, Chávez nomeou políticos para o Conselho de Estado, que reúne assessores e conselheiros do presidente. O órgão é classificado na Constituição venezuelana como o mais alto organismo de políticos próximos ao presidente, mas não havia sido formado até então.
Qualquer que seja o nome para sucedê-lo, no entanto, até que a piora de seu estado de saúde se confirme, ele ainda é o chefe do Executivo e, novamente, o candidato governista que busca se reeleger.
Para Marcelino Bisbal, professor de jornalismo da UCV, atualmente há uma campanha eleitoral marcada por diferenças particulares: de um lado um candidato bastante doente que não terá energia necessária para se locomover com a liberdade e a força de antes, e de outro um político rodando o país, como demanda uma corrida eleitoral. “Seguramente, a campanha governamental será muito mais midiática, enquanto a da oposição será cara a cara”, observou Bisbal.
As chances de Chávez deixar a disputa eleitoral se não responder bem ao tratamento também não estão descartadas. Nesse caso, ainda que militares se mobilizem para tomar o poder ou ocorra uma disputa interna dentro do governista PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), especialistas acreditam que Jaua assumiria a presidência do país, como prevê a Carta, para então escolher um novo candidato do oficialismo.
Bisbal observou, no entanto, que nenhum outro nome do governo tem possibilidades reais de derrotar o candidato da oposição. “Ninguém tem um carisma tão grande como o presidente e tanta chance de vencer Henrique Capriles Radonski.”
Segundo pesquisa do Instituto Consultores 21, que entrevistou 2 mil venezuelanos em março, o vice-presidente e o irmão do mandatário seriam os mais votados entre os possíveis substitutos de Chávez. Jaua e Adán teriam 40% dos votos cada se enfrentassem Capriles, que obteria 49%. Atualmente, segundo o mesmo instituto, a diferença entre Chávez e Capriles diminuiu para quase 2 pontos percentuais, sendo que o mandatário conta com 46,3% das intenções e seu rival, 44,8%.
Vantagens
Mas quais particularidades são vantagens para cada um dos nomes que podem suceder ao presidente no Palácio Miraflores? Segundo analistas ouvidos pelo iG, enquanto Jaua tem apoio do governista PSUV, Cabello possui origem militar como Chávez, Adán tem militância política de longa data, e Maduro é visto com bons olhos por Cuba, um dos principais parceiros regionais da Venezuela de Chávez. Já a filha Rosa Virgínia teria o papel de uma espécie de primeira-dama, como teve ”Keiko Fujimori no Peru”, segundo Alejandro Martinez Ubieda, ex-diretor de Relações Internacionais do extinto Senado.
Para Martinez, o manejo da crise em torno do debilitado estado de saúde do presidente se faz de uma maneira opaca, que reflete a administração pública do governo de Chávez.
Além da falta de transparência, há quem aponte como outros problemas do governo o excesso de centralização e personalismo que fazem Chávez ser mais importante que o partido ou mesmo as instituições do Estado. “A tensão em torno da sucessão presidencial mostra que o estilo de liderança se centrou de tal maneira em Chávez que a figura do próprio presidente hoje ficou em segundo plano”, concluiu Lander.

FONTE: IG.COM

6 de jun. de 2012

NOSSA HOMENAGEM PELO SEU ANIVERSÁRIO...

EM JUIZ DE FORA: Professores municipais fazem ação regional no Santa Luzia

Nem a chuva atrapalhou a agenda de mobilização dos professores da rede municipal, que realizaram na manhã desta quarta-feira (6) um ato regional na praça do Bairro Santa Luzia. Segundo o Sindicato dos Professores, 13 escolas da região e adjacências tiveram turno reduzido. Auxiliados por um carro de som, os docentes fizeram uma panfletagem pela região, com o intuito de informar a população do local sobre os rumos da campanha salarial da categoria. "Além de nossas reivindicações, também tentamos conscientizar a sociedade sobre os problemas enfrentados pelas demais classes trabalhadoras, bem como sobre a precariedade do serviço público na cidade", afirma o presidente do Sinpro, Flávio Bitarello.
As manifestações dos professores e as negociações com a Prefeitura seguem na próxima semana. Na segunda-feira, uma reunião entre representantes do Sinpro e da Administração está agendada para o período da tarde. Uma paralisação das atividades está programada para terça-feira (12), quando também será realizada uma assembleia da categoria às 14h30, no auditório do Pró-Música.

FONTE: TRIBUNA.COM

Comissão do Senado aprova cotas nas universidades federais

Depois de quatro anos parado à espera de votação no Senado, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa aprovou nesta quarta-feira projeto que estabelece o sistema de cotas raciais e sociais nas instituições federais de educação superior. O projeto determina que 50% das vagas nessas instituições sejam destinadas aos alunos que estudaram em escolas públicas no ensino médio.
Essas vagas também têm que ser divididas proporcionalmente à quantidade de negros, pardos e índios fixada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em cada Estado. Isso significa que, em Estados onde a maioria da população é negra, grande parte das vagas para alunos oriundos de escolas públicas será destinada a estudantes que também têm origem negra.
Em localidades como Santa Catarina, onde apenas 9% da população é negra, a maioria das vagas será preenchida com base nas cotas sociais, e não raciais. Já na Bahia, onde 73% da população é negra, as vagas vão priorizar estudantes negros.
O projeto também estabelece que, do total de 50% de vagas destinadas às cotas, metade delas tem que ser reservada a alunos oriundos de famílias que recebem até 1,5 salário mínimo por integrante --para priorizar os estudantes de baixa renda do país.
Relatora do projeto na comissão, a senadora Ana Rita (PT-ES) defendeu o sistema misto de costas por considerá-lo mais justo ao país. A senadora Marta Suplicy (PT-SP), que defendeu o relatório da petista, disse que o Brasil precisa pagar a dívida que mantém com os estudantes negros.
"Quantas pessoas negras vieram do nada e hoje têm patrimônio e hoje são senadores da República? Aqui temos um senador da República que se diz negro. O preconceito existe. Nós temos uma dívida que, desde a escravidão, não foi paga", afirmou Marta.
DEBATE
Marta alfinetou o senador Lobão Filho (PMDB-MA), que apresentou voto em separado para defender cotas apenas para estudantes do ensino público. O peemedebista disse que estudou parte de sua vida em escolas públicas, o que provocou a reação de Marta.
"Vossa Excelência é filho de governador. Provavelmente Vossa Excelência fala uma língua. É muito difícil aprender língua estrangeira em escola pública. Seus pais devem ter pagado um curso particular, ou Vossa Excelência foi para o exterior estudar. Não dá para comparar", alfinetou Marta.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) também apresentou voto em separado para estabelecer apenas as cotas sociais para ingresso nas universidades, sem critérios raciais. Mas foi derrotado pela maioria dos integrantes da comissão. "A moça branca, pobre, de valor, pode ser preterida sobre o seu vizinho que tem origem negra. A cota social é o que mais coaduna com o princípio da igualdade", disse o tucano.
Com a aprovação na CCJ, o projeto segue para análise de duas comissões do Senado e ainda precisa passar pelo plenário da Casa. Ele foi aprovado pela Câmara em 2008 e, desde então, espera pela análise dos senadores. Se sofrer mudanças durante sua tramitação no Senado, ainda terá que retornar à Câmara para nova votação.
Em abril deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) já decidiu que o sistema de cotas raciais em universidades é constitucional. O julgamento tratou de uma ação proposta pelo DEM contra o sistema de cotas da UnB (Universidade de Brasília), que reserva 20% das vagas para autodeclarados negros e pardos.

FONTE: FOLHA.COM

5 de jun. de 2012

Servidor da Câmara de São Paulo ganha mais que presidente da Casa

Na Câmara Municipal de São Paulo, técnicos administrativos, garagistas, auxiliares e assistentes ganham até R$ 24 mil brutos por mês. O salário chega a ser mais de duas vezes maior que o do presidente da Casa, José Police Neto (PSD). Isso ocorre por uma série de aumentos automáticos e gratificações para funcionários concursados.
A lista de remunerações foi divulgada sábado no portal da Câmara (www.camara.sp.gov.br). É a primeira Casa Legislativa brasileira a adotar essa medida, antes mesmo da Câmara dos Deputados e do Senado. Na primeira versão, apenas servidores efetivos que ocupam cargos de comissão e os que trabalham ligados à Mesa Diretora tiveram vencimentos divulgados - são 713 dos mais de 2 mil.
Ao menos 326 deles recebem mais que o presidente e os outros 54 vereadores. O salário médio é de R$ 8,9 mil por mês, sem contar gratificações pagas a guardas civis e policiais militares da Casa. Com vencimento mensal bruto de R$ 9.288,05, Police Neto recebe menos até que assessores de imprensa e um dos manobristas da garagem, cujo salário é de R$ 11.431,45.
Grande parte desses salários é explicada pelos reajustes automáticos. Com eles, um técnico administrativo do setor de protocolo, cargo que não exige curso superior e cujo salário inicial é de cerca de R$ 3,5 mil, pode receber mais de R$ 20 mil ao longo de 30 anos de carreira. Além disso, funcionários mais antigos já incorporaram aos vencimentos várias gratificações que, após reformas recentes no funcionalismo, pararam de ser pagas aos concursados mais recentes.
Outras gratificações não vinculadas à produtividade, porém, continuam em vigor. A sexta-parte, por exemplo, dá bônus de 1/6 do salário a servidor com mais de 20 anos de serviço. Há ainda adicional por tempo de serviço e gratificação por exercer funções de coordenação e chefia e participar de sessões plenárias, comissões regimentais ou licitações. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

FONTE: IG.COM

4 de jun. de 2012

Considerações sobre Rio +20 e Cúpula dos povos

No mês de junho o Brasil sediará um grande evento. Será a Conferência Rio +20. No ano de 1992 nosso país havia sediado a Conferência "ECO-92". À época, o objetivo oficial do Encontro era debater os problemas ambientais gerados pelo modelo capitalista de produção e consumo, construindo uma estratégia oficial para minimização de danos.
Passados 20 anos, o Brasil sediará mais um evento mundial de debate sobre os problemas ambientais. Durante estes 20 anos, por um lado cresceram as preocupações mundiais em relação ao meio ambiente e às catástrofes naturais, por outro, mantém-se níveis de produção e consumo insustentáveis para o planeta Terra. Em todos os encontros e conferências realizadas durante este período, pouco ou nada se avançou em medidas concretas de combate aos danos ambientais, como a redução na emissão de gases tóxicos por parte do setor industrial ou a redução do uso de agrotóxicos na produção agropecuária. Da mesma forma, pouco se avançou em medidas reais de promoção de desenvolvimento sustentável, como mudanças de matriz energética, como o aproveitamento de energia solar, ou no fortalecimento de pesquisas e incentivos reais à produção agroecológica.
É plenamente possível dizer inclusive que em nível internacional observamos diversos fracassos e retrocessos nesse campo. Como os fracassos para a adesão de muitas nações industrializadas ao Protocolo de Kyoto – que estipula a diminuição da emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa – ou o novo fracasso de negociações na Conferência Mundial do Clima (COP-15), em Copenhaguen, no ano de 2009.
Em nosso país, os retrocessos são ainda mais visíveis. Em nossa história, já fomos espoliados em quase todos os recursos naturais presentes em nosso território. Os colonizadores exploraram de maneira totalmente insustentável madeira e minério. Atualmente, o recurso natural que é brutalmente explorado é a terra.
As terras em nosso país continuam distribuídas de maneira absurdamente desigual. 1% dos proprietários rurais, latifundiários, ocupam 40% das terras agriculturáveis no país, sendo responsáveis pela produção de menos da metade dos alimentos consumidos na mesa dos brasileiros. O latifúndio é o local de atuação do agronegócio exportador, um dos setores que mais lucrou no país nos últimos anos. Esse mesmo setor recebe absolutamente mais benefícios governamentais do que a agricultura familiar ou a reforma agrária em seu conjunto. Ou seja, os Governos Brasileiros dos últimos anos privilegiam o agronegócio exportador em detrimento dos camponeses.
Além de ter sua produção majoritariamente voltada para a exportação e não para a alimentação dos milhões de famintos do país, o agronegócio brasileiro é responsável por profundos processos de poluição e degradação ambiental. Desde 2008, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e é o país do mundo que mais utiliza agrotóxicos, sendo que 19% de todo o agrotóxico utilizado no mundo é depositado no país. Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), um terço dos alimentos consumidos no país estão contaminados por agrotóxicos.
O agronegócio brasileiro é diretamente responsável pela contaminação dos alimentos, dos consumidores e dos trabalhadores rurais que manuseiam esses produtos. Além disso, é no latifúndio que se verificam os mais altos índices de erosão hídrica e eólica. O desmatamento de grandes áreas e a monocultura são responsáveis por esses processos. Ainda assim, os defensores do latifúndio e do agronegócio exportador não se calam. Fazem questão de propalar a produção agrícola crescente e a geração de empregos. Esquecem-se de todos os males gerados pelo latifúndio e da estimativa de inúmeros institutos de pesquisa de que para cada 1 emprego gerado pelo latifúndio, para a mesma área, a agricultura familiar gera 10 empregos.
O Novo Código Florestal
Nem o avanço do latifúndio em detrimento da agricultura familiar, nem os impactos ambientais gerados pelo agronegócio exportador, nem a crescente preocupação nacional com o meio ambiente e com a produção de alimentos saudáveis fizeram com que os governos no Brasil recuassem em suas medidas pró-latifúndio.
A mais recente e devastadora destas medidas é a alteração do Código Florestal. É uma medida do governo, amplamente apoiada por sua base aliada e diretamente aplicada pelo PCdoB – partido do relator do projeto - para satisfazer os anseios deste setor da economia nacional.
Antes de entrarmos na discussão sobre as alterações no código, vejamos os conceitos de Reserva Legal e Área de Preservação Permanente.
Reserva Legal: Área dentro da propriedade rural que deve ser destinada à manutenção do bioma, ou seja, não pode ser explorada com fins agrícolas.
Área de Preservação Permanente (APP): Áreas próximas de rios e lagos, topos de morros e encostas que deve ser preservada permanentemente, pois o desmatamento nessas áreas pode gerar riscos.
A Reserva Legal cumpre o papel de manutenção da biodiversidade dentro de uma propriedade rural ou agroecossistema. Não permite que determinado produtor rural implante monocultura em todo o seu território. A manutenção da biodiversidade permite que espécies vegetais e animais importantes para o ecossistema, mas que não são objeto imediato de exploração, tenham um "espaço" dentro de cada propriedade rural. De acordo com o velho código, o tamanho da reserva legal depende da região. Na Amazônia, a reserva legal tem que ser de 80%; no Cerrado, dentro da Amazônia Legal, tem que ser de 35%; e, nas demais regiões, tem que ser de 20%.
A APP cumpre um papel fundamental. Temos visto no Brasil e no Mundo uma série de catástrofes naturais que ocorrem devido ao desrespeito às APPs. A manutenção de vegetação no entorno de rios e lagos é fundamental pois protege essas áreas da erosão. As plantas presentes na APP dos rios permitem uma maior estabilidade física do solo, evitando ou minimizando o efeito de chuvas e escorrimento de água dos rios com relação a erosão. Áreas no entorno de rios sem vegetação permitem a perda de solo por erosão. Uma grande área envolvendo vários rios, na qual ocorreu desmatamento da APP dos rios (algo comum no Brasil), permite que a água das chuvas gere intensos processos de erosão, além da perda de solo, que a água se concentre nos rios e que possa atingir determinadas regiões com muita violência e em grande quantidade, gerando enchentes. As APPs de morros e encostas não são menos importantes, visto que a mesma interação entre plantas e solos que ocorre nas margens de rio também ocorre nos morros, portanto a manutenção de vegetação nessas áreas é fundamental para minimizar os riscos de deslizamentos, extremamente perigosos para as comunidades que vivem próximas dessas áreas.
As mais importantes mudanças no Código que foram aprovadas pela Câmara no mês passado dizem respeito às Reservas Legais, ás APPs e à Anistia aos desmatadores.
Em relação às APPs, foi retirada do texto a determinação do tamanho das mesmas. O relatório deixa a cargo do Executivo a definição das faixas que terão de ser recuperadas, por meio de um Programa de Regularização Ambiental que ainda deve ser implantado. As diretrizes gerais do programa serão determinadas pelo Executivo Federal, mas a definição de detalhes e pontos específicos será feita pelos Executivos Estaduais. Dessa forma, a exigência de reflorestamento ao longo de cursos d'água e as faixas de vegetação nativa que devem ser respeitadas para a regularização de propriedades ficam temporariamente indefinidas.
Além disso, abre-se a brecha para que o tamanho da APP seja inserido dentro do cálculo da Reserva Legal, o que, na prática, permite uma menor área de preservação ambiental e manutenção da biodiversidade dentro de cada propriedade.
Em relação à anistia aos desmatadores, o novo código não aponta nenhum tipo de punição a quem desmatou APPs até 2008. Ou seja, quem desmatou indiscriminadamente antes de 2008, não vai receber nenhum tipo de punição, multa ou repreensão, podendo inclusive os desmatadores continuarem acessando créditos agrícolas. Essa era uma das maiores exigências dos latifundiários, grandes responsáveis pelo desmatamento na história do Brasil. Além disso, no texto da Câmara, foi retirado o ponto que exigia a manutenção de 20 metros quadrados de área verde em novas expansões urbanas.
Luta ambiental, Rio+20 e Cúpula dos Povos
Como já dissemos, vivemos uma etapa de preocupação social crescente com o meio ambiente. Uma parcela cada vez maior da população acompanha atentamente as posições de governos, empresas e partidos em relação ao tema.
Os governos de plantão precisam dar uma resposta a essas preocupações. A realização da Conferência Rio+20 no mês de Junho faz parte dessa perspectiva. Infelizmente, a absoluta maioria dos governos é agente dos grandes empresários. Vivemos um momento de capitalismo em crise e os capitalistas não vão querer produzir menos e lucrar menos para responder a preocupações ambientais.
Nesse sentido, é possível afirmar que há uma enorme tendência de que a Conferência oficial Rio+20 seja um novo fracasso em negociações concretas para mudanças ambientais reais. Os Governos vão tentar cumprir seu papel, aparecendo bem aos olhos de quem defende o meio ambiente. Os empresários, por sua vez, vão tratar de tentar manter seus níveis produtivos, com sua consequente poluição, bem como vão tentar atingir com mais força o "mercado verde" que vem crescendo devido às preocupações ambientais de uma parcela cada vez maior de consumidores.
Ocorre que, paralelamente à Conferência Oficial Rio +20, acontecerá a Cúpula dos Povos, evento organizado majoritariamente pelos movimentos sociais. Devemos buscar uma grande participação neste evento, para que possamos, ao lado de milhares de lutadores de todo o mundo, pressionar os governos por medidas reais contra a devastação do meio ambiente e debater ações concretas e medidas importantes em direção à sustentabilidade.
Precisamos ter muito claro entre nós que o sistema capitalista é historicamente o responsável pela devastação ambiental. O capitalismo sempre precisou e continua precisando espoliar profundamente os recursos naturais em todo o planeta Terra para que os mais ricos, o 1% da população mundial, continuem lucrando em detrimento dos outros 99%, que sofrem os efeitos das catástrofes ambientais, vivem do seu próprio suor ou estão em condições miseráveis.
Ocorre que não nos basta identificar que o capitalismo é o responsável pelos problemas ambientais. Esta é uma avaliação e a partir dela temos que ter uma política. Parte desta política é exigir dos governos e poderosos que parem com a exploração ambiental predatória em todos os níveis, que diminuam a geração de gases de efeito estufa, que tomem medidas reais para cessar o desmatamento, a poluição das águas e a destruição da biodiversidade.
Outra parte de nossa política – e na Cúpula do Povos temos espaço para desenvolvê-la – é debater e apresentar soluções reais para os problemas ambientais. Não precisamos apenas criticar o modelo atual de produção e consumo, podemos também apresentar sugestões de como a sociedade poderia se organizar para buscar a sustentabilidade.
Nesse sentido, podemos trabalhar amplamente com a ideia de diversificação da matriz energética. Embora tenhamos algumas alternativas em crescimento, a principal fonte energética utilizada no mundo é o combustível fóssil petróleo. A utilização indiscriminada de petróleo nos processos produtivos gera impacto ambiental, a partir da queima deste combustível nos motores, mas gera também uma extrema dependência econômica das atividades vitais em relação às empresas que controlam a produção, a distribuição e a comercialização deste combustível. Além disso, há ainda muitas dúvidas referentes aos danos ambientais que podem ser causados pela extração de petróleo, por exemplo, na camada do pré-sal.
Devemos trabalhar com a ideia de que há inúmeras fontes de energia disponíveis e que devem ser utilizadas diversificadamente. Ou seja, devemos defender a utilização integrada e sustentável de energia a partir de biocombustíveis, eólica, hídrica ou solar, dando maior ênfase para esta última, que tem potencial para democratizar o acesso à energia em todo o mundo.
No que se refere a produção primária – agricultura – devemos fazer uma firme defesa da produção de alimentos para consumo local, a partir da agricultura familiar de base ecológica, privilegiando alimentos saudáveis e baratos.
A defesa de um sistema de transporte coletivo eficiente e ecologicamente correto também deve ser uma bandeira de todos. Atualmente temos em praticamente todo o Brasil máfias de empresários que controlam os transportes, prestando um serviço caro e rentável apenas para os empresários e os governos. Devemos realizar uma defesa eficaz do transporte coletivo público e de qualidade, para reduzirmos assim a quantidade de carros nas ruas, diminuindo a poluição e possibilitando que as pessoas que utilizam apenas o transporte coletivo – a maioria da população - sejam tratadas dignamente.
Podemos ter uma política ousada de defesa da construção de políticas públicas eficazes para o uso maciço de bicicletas. Aproveitando os exemplos de cidades como Buenos Aires, na Argentina, ou diversas capitais europeias, nas quais há inúmeras ciclovias que permitem o trânsito de ciclistas, políticas de troca de vale-transporte dos servidores públicos por bicicletas, integração real entre transporte coletivo e bicicletas, nova educação no trânsito, entre outros medidas.
Outro aspecto que podemos debater é em relação à geração e destino do lixo urbano. Sabidamente, esse é um grave problema, principalmente nos grandes centros urbanos. O modelo de sociedade consumista que o capitalismo impõe, faz com que milhares de toneladas de lixo sejam gerados diariamente e não há, por parte da ampla maioria dos governos, nenhum tipo de política eficiente de coleta seletiva de lixo, com reciclagem e reutilização, gerando-se assim um passivo ambiental enorme para o conjunto da sociedade. Devemos defender modificações no próprio processo produtivo que permitam uma menor geração de resíduos e uma ousada política de reciclagem, tanto de lixo seco quanto de lixo orgânico, para a produção de adubos ou biocombustíveis.
Temos muito ainda o que pensar e debater em relação a propostas eficazes de desenvolvimento sustentável. Aqui apresentamos apenas algumas ideias que podem e devem ser debatidas e ampliadas por toda a militância.

Jurandir Silva, secretário-geral do PSOL Pelotas, membro da Direção Estadual do PSOL-RS é Engenheiro Agrônomo, Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar.

3 de jun. de 2012

Senado já tem 41 votos para cassar Demóstenes Torres

Quarenta um senadores já decidiram que vão votar a favor da cassação do mandato do colega Demóstenes Torres (sem partido-GO), acusado de ser o braço político do esquema do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O número é resultado da enquete feita pelo iG na semana passada. A reportagem ouviu 61 senadores de quarta-feira a sábado. Em casos de cassação, a votação tem de ser secreta, por isso a maioria dos senadores só aceitou declarar o voto se houvesse identificação por nome.


Dos 61 senadores ouvidos pelo iG nenhum garantiu que vai poupar Demóstenes da cassação. Vinte senadores disseram que ainda não decidiram ou simplesmente não quiseram informar como vão votar. O iG não conseguiu falar com outros 20 senadores.
Antes de ser votada no plenário do Senado, a cassação do mandato de Demóstenes precisa ser aprovada pelo Conselho de Ética da Casa - onde o voto é aberto. Relator do caso do senador goiano, Humberto Costa (PT-PE) pretende apresentar o relatório esta semana.
Na terça-feira passada, depois de ouvir o depoimento de Demóstenes ao Conselho por mais de cinco horas, Costa afirmou haver “indícios suficientes” para cassar o mandato do colega goiano . “O Senado deve uma decisão antes do início do recesso”, disse.
Durante o depoimento, Demóstenes admitiu que ganhou um telefone Nextel do bicheiro Carlinhos Cachoeira e reconheceu ainda que a conta era paga pelo contraventor. O senador, porém, negou ter atuado a serviço de Cachoeira.
A maioria dos senadores não se convenceu e até adiantou publicamente o seu voto em penário. “Vou votar pela cassação”, disse a senadora Kátia Abreu (PSD-TO). “Minha posição e do PT são claras: pela cassação”, afirmou Walter Pinheiro (PT-BA), líder da bancada no Senado.
Na quinta-feira, Demóstenes foi chamado para prestar depoimentos à CPI do Cachoeira. Logo no início, ele requisitou o direito constitucional de permanecer calado, o que provocou um bate-boca entre o deputado Silvio Costa (PTB –PE) e o senador Pedro Taques (PDT-MT).
Costa atacou Demóstenes, acusando-o de demagogo e hipócrita. Disse ainda que o senador “não vai para o céu”. Taques interrompeu a fala do deputado e alegou que “qualquer cidadão merece ser tratado com dignidade”, como prevê a Constituição.
Alguns senadores acharam que o deputado tentou humilhar Demóstenes. “Vou votar tecnicamente, avaliar onde ele errou. Não vou cassá-lo só por ser amigo de bicheiro”, disse o senador Ivo Cassol (PP-RO), que não quis adiantar como deverá votar em plenário.

FONTE: IG.COM

2 de jun. de 2012

Tesoureiro da campanha de Dilma nega ter pedido intermediação de Pagot

O tesoureiro da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010, deputado José de Filippi (PT-SP), negou hoje ter pedido ao ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) Luiz Antonio Pagot que intermediasse doações de empreiteiras ao comitê petista.
Ele disse conhecer os presidentes das construtoras que financiaram Dilma e disse que elas já haviam feito contribuições à campanha do ex-presidente Lula em 2006.
"Sem nenhum demérito ao senhor Pagot, eu não precisaria dele para fazer contato com essas empresas", afirmou.
Segundo o ex-tesoureiro petista, Pagot saiu magoado do governo no ano passado, quando a cúpula do Ministério dos Transportes caiu sob suspeitas de corrupção.
"Eu não sei explicar por que ele está fazendo essas declarações. Ele ficou magoado", disse.
Filippi afirmou que Pagot só "conseguiu e intermediou" uma doação à campanha, de R$ 1 milhão, do senador Blairo Maggi (PR-MT). A contribuição foi registrada em novembro, quando Dilma já estava eleita.
"Eu falei: 'Olha, nós estamos precisando da ajuda de todos para fechar as contas'", relatou o deputado.
À revista "Época", Pagot afirmou que o alto escalão do PT pediu auxílio para conseguir doações de empresas que tinham contratos com o Dnit para a campanha da presidente Dilma.

FONTE: FOLHA.COM

1 de jun. de 2012

Em 2012, Lula se reuniu com 5 dos 11 ministros do Supremo

Pelo menos 5 dos 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) se encontraram com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste ano, mas apenas Gilmar Mendes afirma ter discutido sobre o julgamento do mensalão.
Os outros quatro ministros que encontraram o ex-presidente, todos indicados ao STF por Lula, são: José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Carlos Ayres Britto.
No polêmico encontro com Mendes, o petista teria pedido ao ministro para tentar adiar o julgamento do mensalão. Lula e o ex-ministro Nelson Jobim, o anfitrião do encontro, negam.
Ontem, em palestra em Brasília, disse, sem citar nomes, que "tem que tomar cuidado" em relação "a uma minoria que não gosta de mim".
Em entrevistas a diversos veículos de comunicação na terça-feira, Mendes disse, entre outras declarações fortes, que Lula tem o objetivo de "melar o julgamento" do mensalão e que comanda uma "central de divulgação de intrigas.

FONTE: FOLHA.COM