Depois de uma série de sessões mornas, o clima de eleição voltou a invadir o Palácio Barbosa Lima. A contenda teve início com uma queixa de Wanderson Castelar (PT) contra a Justiça Eleitoral, uma vez que o petista foi notificado para separar duas placas de dois metros por dois colocadas lado a lado em Santa Terezinha. No entendimento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), os materiais formam um único painel de oito metros quadrados, o dobro da área máxima permitida. "Há outras bizarrices, idiotices e boçalidades", atacou. "Uma peça de dois por dois tem dois por dois independente de estar ao lado de outra. Fiscalizar a compra de votos eles não fazem, ficam na perfumaria".
Outros parlamentares concordaram com as críticas, mas o vereador José Emanuel de Oliveira (PSC) aplaudiu a atuação da Justiça Eleitoral. "Tem que notificar mesmo. Tem pessoal aí com a previsão de gasto de R$ 100 mil, mas se o juiz for olhar já gastou R$ 200 mil. Gente que invade terreno dos outros, que invade beira de estrada com placa. Tive duas notificações e nas duas eu estava errado. Fui lá e corrigi. Mas abuso tem e não é pouco", expôs, destacando que "uma candidata" derrubou um minidoor de sua campanha "porque acha que é dona da cidade". O vereador não citou nome, mas nos bastidores comentou-se que a censura era dirigida a alguém próxima ao prefeito Custódio Mattos (PSDB), já que logo em seguida o vereador disse estar "com o 15 agora", número de Bruno Siqueira (PMDB). Luiz Carlos dos Santos (PTC), cujo partido também é da coligação de Custódio, apoiou, com um trocadilho: "De zero a dez, dou nota 15 para o senhor".
O presidente Carlos Bonifácio (PRB) e o vereador Rodrigo Mattos (PSDB) pediram aos pares que tomassem cuidado para não fazer campanha no plenário. No entanto, com críticas severas ao Executivo - principalmente em função do não atendimento a uma solicitação da Câmara para que quatro servidores do Legislativo pudessem incorporar gratificação sobre a qual contribuíram às suas aposentadorias - o vice-presidente Júlio Gasparette (PMDB) disse que, se o prefeito não se reeleger, não adiantará chorar. "Quem sabe com um parlamento novo, com um prefeito novo, ou uma prefeita, os servidores serão respeitados?", provocou, cobrando informações sobre a situação da PJF. "Tem que ver como vai ficar para o senhor Bruno Siqueira ou a senhora Margarida, porque é um deles que vai governar essa cidade." Rodrigo reagiu em tom irônico, lembrando ao peemedebista que ele já errou sua previsão em eleições passadas. "Nada como o dia da eleição", encerrou o tucano.
FONTE: TRIBUNA.COM
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