5 de jul. de 2012

Argentina condena ex-líderes militares à prisão por roubo de bebês

A Justiça argentina condenou à prisão nesta quinta-feira os ex-líderes militares Jorge Rafael Videla e Reynaldo Benito Bignone pelo roubo e desaparecimento de bebês e outros crimes de lesa humanidade durante o regime militar no país (1976-1983).
Videla, que recebeu prisão perpétua em 2010 por assassinato, tortura e sequestro, foi condenado a 50 anos, enquanto Bignone recebeu uma sentença de 15 anos. Além de Videla e Bignone, outros nove acusados escutavam as sentenças, enquanto do lado de fora dezenas celebravam as condenações, que eram transmitidas por um telão.
O ex-almirante Antonio Vañek foi condenado a 40 anos de prisão pelo desaparecimento de dez menores, enquanto Jorge “Tigre” Acosta recebeu uma pena de 10 anos de prisão.

'Desaparecimentos'

Em abril, Videla admitiu que a ditadura do país "desaparecia" com opositores da esquerda, um eufemismo para o sequestro e assassinado deles.
A promotoria havia pedido 50 anos de prisão para Videla e Bignone por 35 casos de apropriações ilegais.
O veredicto désta quinta-feira dá fim a um julgamento que teve início em fevereiro de 2011. Considerado um processo "emblemático", o julgamento começou por uma denúncia das Avós de Praça de Maio por "subtração, retenção, ocultação e substituição de identidade de menores de dez anos".
De acordo com o jornal argentino La Nación, estima-se que 400 bebês tenham nascido em cativeiro e roubados de seus pais biológicos, que se encontravam presos durante os anos da ditadura.

FONTE; IG.COM

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