17 de jul. de 2012

Senador do PSOL apresenta requerimento para reconvocar Perillo à CPI


O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentou um requerimento solicitando que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), compareça novamente a CPI do Cachoeira . A comissão investiga as relações entre o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira , com servidores públicos e privados.
Para o parlamentar, a reconvocação se justifica depois que foram apresentadas novas denúncias que apontam que o governador teria recebido propina para liberar o pagamento de créditos devidos pelo governo do Estado à empreiteira Delta. O acerto teria ocorrido por meio da venda da casa de Perillo, onde Cachoeira foi preso pela Polícia Federal (PF), no âmbito da Operação Monte Carlo, em fevereiro desse ano.
No requerimento, o senador explica que, de acordo com matéria veiculada pela revista Época, a venda do imóvel teria sido feita com sobrepreço de R$ 500 mil, pagos pela construtora Delta, com a finalidade de viabilizar a liberação do pagamento de uma dívida de quase R$ 9 milhões do governo estadual com a empreiteira.
Coincidentemente, aponta o parlamentar, as datas de compensação dos cheques usados no pagamento da casa batem com as liberações das parcelas de pagamento à Delta.
“Dessa forma, o retorno do governador Marconi Perillo é imprescindível para que sejam esclarecidas não apenas as circunstâncias da venda da casa, mas principalmente a influência da organização criminosa de Cachoeira sobre seu governo, bem como os negócios existentes entre o governo do Estado de Goiás e a Construtora Delta S/A”, justifica o requerimento.
Ontem, o governo de Goiás negou em nota a relação entre a compensação de cheques e diz que os pagamentos "se referem a um contrato de locação de veículos que são feitos de forma continuada". Em 2009, a Delta venceu licitação para fornecimento de carros alugados ao Estado. À época, Goiás era governada por Alcides Rodrigues (PP), eleito com apoio de Perillo.
O tucano argumenta que não houve participação da Delta ou de Cachoeira na negociação da casa. A conversa teria acontecido exclusivamente com o ex-vereador e ex-secretário de Estado no segundo governo de Marconi (2003-2006), Wladimir Garcêz (PSDB); preso na Operação Monte Carlo como um dos principais aliados de Cachoeira. "Se o sr. Wladimir Garcêz tratou do assunto (da casa) com mais pessoas, isto ocorreu sem o conhecimento ou assentimento do governador", diz a nota.
O governo goiano acrescenta que "um grupo na CPMI trata de transformá-la em tribunal de exceção com um só alvo: o governador de Goiás, por ser adversário do PT". "Em vez de buscar esclarecer em profundidade as relações da Delta com os governos federal, estaduais e municipais, CPMI e reportagens continuam batendo na mesma tecla da venda da casa do governador, já exaustivamente explicada e bem entendida pelas pessoas de boa fé."

FONTE; IG.COM

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